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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Craniotomia

Neuro explica craniotomia do caso Lula

 

Craniotomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção de uma parte do osso craniano (cabeça) para permitir o acesso ao cérebro. Este tipo de cirurgia é utilizado para tratar diversas condições neurológicas, como tumores cerebrais, hemorragias intracerebrais, lesões traumáticas, infecções e malformações vasculares.

A cirurgia de craniotomia é realizada em ambiente hospitalar e geralmente sob anestesia geral. O procedimento envolve as seguintes etapas:

- Incisão: O cirurgião realiza uma incisão na pele do couro cabeludo, expõe o crânio e remove uma seção do osso craniano, criando um "flap" que pode ser levantado.

- Acesso ao cérebro: Com o osso removido, o cirurgião pode acessar o cérebro e tratar a condição específica, como a remoção de um tumor, a coagulação de um vaso sanguíneo ou a evacuação de um hematoma.

- Fechamento: Após a intervenção, o "flap" de osso é reposicionado e fixado, e a incisão na pele é suturada.

A cirurgia de craniotomia é realizada em ambiente hospitalar e geralmente sob anestesia geral. O procedimento envolve as seguintes etapas:

- Incisão: O cirurgião realiza uma incisão na pele do couro cabeludo, expõe o crânio e remove uma seção do osso craniano, criando um "flap" que pode ser levantado.

- Acesso ao cérebro: Com o osso removido, o cirurgião pode acessar o cérebro e tratar a condição específica, como a remoção de um tumor, a coagulação de um vaso sanguíneo ou a evacuação de um hematoma.

- Fechamento: Após a intervenção, o "flap" de osso é reposicionado e fixado, e a incisão na pele é suturada.

 

Casos em que a cirurgia de craniotomia é recomendada:

A craniotomia é considerada uma cirurgia de grande porte devido à complexidade do procedimento e aos riscos associados. Ela é recomendada em casos como:

- Tumores cerebrais (benignos ou malignos)

- Hemorragias intracerebrais (como hematomas ou aneurismas)

- Lesões traumáticas na cabeça (como fraturas que afetam o cérebro)

- Infecções cerebrais, como abscessos

- Algumas malformações vasculares, como malformações arteriovenosas

 

Prazo de recuperação:

O prazo de recuperação após uma craniotomia pode variar bastante de paciente para paciente, dependendo de vários fatores, como a extensão da cirurgia, a saúde geral do paciente e a condição tratada. Em geral, a recuperação inicial pode levar de algumas semanas a meses, e a reabilitação pode ser necessária para restaurar funções cognitivas ou motoras.

 

Sequelas:

A craniotomia pode deixar sequelas, dependendo da razão pela qual foi realizada e da localização da intervenção. Complicações potenciais incluem problemas cognitivos, motoras, alterações na visão ou na fala, e dificuldades emocionais. Uma avaliação rigorosa e acompanhamento pós-operatório são fundamentais para monitorar essas questões.

 

Chance de novo sangramento do tipo após o procedimento:

Há uma chance de ocorrência de novos sangramentos após uma craniotomia, especialmente se a cirurgia foi realizada para tratar uma hemorragia. O risco depende de diversos fatores, incluindo a origem do sangramento, a saúde vascular do paciente e se houve a correção de problemas subjacentes que podem causar novas hemorragias. O acompanhamento médico contínuo é essencial para monitorar qualquer sinal de complicação.
 

Após um trauma de crânio:

Depois de um trauma de crânio, sobretudo numa pessoa com 60 anos ou mais, existe a possibilidade do desenvolvimento do que chamamos de hematoma crônico, ou hematoma subdural crônico, que surge três a quatro semanas após o acidente.

Ainda mais se a pessoa também faz uso preventivo, por exemplo, de antiagregantes plaquetários, como ácido acetilsalicílico (AAS) ou anticoagulantes, para prevenir acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, que coloca numa situação de risco para que os pequenos vasos que foram cisalhados e rompidos por conta do trauma, apresentem um sangramento que lenta e progressivamente se organiza, formando um processo expansivo, que até se semelha a um tumor, chegando e um momento em que a compressão do cérebro se faz presente e o indivíduo pode apresentar dor de cabeça, náusea, vômito e alterações neurológicas correlatas com o ponto do cérebro que é comprimido, necessitando então do tratamento cirúrgico.

Como o sangramento desse tipo se forma:

Ele se forma devido a um pequeno sangramento que existe no momento do trauma entre as membranas que envolvem o cérebro, de maneira que lenta e progressivamente esse sangue não é absorvido, ele se organiza com duas cápsulas, uma que fica em contato com o cérebro e outra em contato com o crânio, através da dura-máter - essa membrana espessa que envolve o cérebro - e conforme o tempo passa o volume vai aumentando dentro dessa coleção, de maneira que se a pessoa ainda por cima faz uso de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários, existe uma chance ainda maior desse hematoma ir, lenta e progressivamente, aumentando provocando o aumento da pressão intracraniana, compressão do tecido cerebral, por exemplo, se comprime a área motora do lado direito, o hematoma à direita, pós-traumático, ele pode provocar hemiparesia e fraqueza do lado esquerdo do corpo, ou se comprime o lado esquerdo, além dessa fraqueza, pode também provocar alterações na linguagem. Se a compressão é posterior, provoca ainda alterações visuais. Depois da drenagem do hematoma, a pressão intracraniana volta ao normal, a compressão deixa de existir e o paciente experimenta melhor.
 

Isso é um derrame?

Derrame é um nome popular para se referir ao Acidente Vascular Encefálico, quer seja ele isquêmico, que é quando um vaso entope e o sangue não chega para os neurônios, ou seja hemorrágico, onde existe sangramento dentro do tecido cerebral, pode ser secundária a um acidente vascular cerebral do tipo hemorrágico, ou se ela acontece fora do crânio, entre o espaço que existe do cérebro com a dura-máter, com a meninge externa, temos então a formação do hematoma subdural crônico - uma hemorragia de caráter crônico que aumenta e, progressivamente, comprime o cérebro.

Então, derrame é um termo popular utilizado para descrever AVC e não é o caso que o Lula apresentou, exceto se o hematoma em questão for um hematoma intraparenquematoso que nada tem a correlação com o trauma.  



Dr. Fernando Gomes - Professor Livre Docente de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas de SP com mais de 2 milhões de seguidores. Há 12 anos atua como comunicador, já tendo passado pela TV Globo por seis anos como consultor fixo do programa Encontro com Fátima Bernardes (2013 a 2019), por um ano (2020) na TV Band no programa Aqui na Band como apresentador do quadro de saúde “E Agora Doutor?” e dois anos (2020 a 2022) como Corresponde Médico da TV CNN Brasil. Atualmente comanda seu programa Olho Clínico com Dr. Fernando Gomes semanalmente no Youtube desde 2020. É também autor de 9 livros de neurocirurgia e comportamento humano. Professor Livre Docente de Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião em hospitais renomados e também coordena um ambulatório relacionado a doenças do envelhecimento no Hospital das Clínicas.
drfernandoneuro


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