Neuro explica craniotomia do caso Lula
Craniotomia
é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção de uma parte do osso craniano
(cabeça) para permitir o acesso ao cérebro. Este tipo de cirurgia é utilizado
para tratar diversas condições neurológicas, como tumores cerebrais,
hemorragias intracerebrais, lesões traumáticas, infecções e malformações
vasculares.
A
cirurgia de craniotomia é realizada em ambiente hospitalar e geralmente sob
anestesia geral. O procedimento envolve as seguintes etapas:
-
Incisão: O cirurgião realiza uma incisão na pele do couro cabeludo, expõe o
crânio e remove uma seção do osso craniano, criando um "flap" que
pode ser levantado.
-
Acesso ao cérebro: Com o osso removido, o cirurgião pode acessar o cérebro e
tratar a condição específica, como a remoção de um tumor, a coagulação de um
vaso sanguíneo ou a evacuação de um hematoma.
-
Fechamento: Após a intervenção, o "flap" de osso é reposicionado e
fixado, e a incisão na pele é suturada.
A
cirurgia de craniotomia é realizada em ambiente hospitalar e geralmente sob
anestesia geral. O procedimento envolve as seguintes etapas:
-
Incisão: O cirurgião realiza uma incisão na pele do couro cabeludo, expõe o
crânio e remove uma seção do osso craniano, criando um "flap" que
pode ser levantado.
-
Acesso ao cérebro: Com o osso removido, o cirurgião pode acessar o cérebro e
tratar a condição específica, como a remoção de um tumor, a coagulação de um
vaso sanguíneo ou a evacuação de um hematoma.
-
Fechamento: Após a intervenção, o "flap" de osso é reposicionado e
fixado, e a incisão na pele é suturada.
Casos em que a cirurgia de craniotomia é recomendada:
A
craniotomia é considerada uma cirurgia de grande porte devido à complexidade do
procedimento e aos riscos associados. Ela é recomendada em casos como:
-
Tumores cerebrais (benignos ou malignos)
-
Hemorragias intracerebrais (como hematomas ou aneurismas)
-
Lesões traumáticas na cabeça (como fraturas que afetam o cérebro)
-
Infecções cerebrais, como abscessos
-
Algumas malformações vasculares, como malformações arteriovenosas
Prazo de recuperação:
O
prazo de recuperação após uma craniotomia pode variar bastante de paciente para
paciente, dependendo de vários fatores, como a extensão da cirurgia, a saúde
geral do paciente e a condição tratada. Em geral, a recuperação inicial pode
levar de algumas semanas a meses, e a reabilitação pode ser necessária para
restaurar funções cognitivas ou motoras.
Sequelas:
A
craniotomia pode deixar sequelas, dependendo da razão pela qual foi realizada e
da localização da intervenção. Complicações potenciais incluem problemas
cognitivos, motoras, alterações na visão ou na fala, e dificuldades emocionais.
Uma avaliação rigorosa e acompanhamento pós-operatório são fundamentais para
monitorar essas questões.
Chance de novo sangramento do tipo após o procedimento:
Há
uma chance de ocorrência de novos sangramentos após uma craniotomia,
especialmente se a cirurgia foi realizada para tratar uma hemorragia. O risco
depende de diversos fatores, incluindo a origem do sangramento, a saúde
vascular do paciente e se houve a correção de problemas subjacentes que podem
causar novas hemorragias. O acompanhamento médico contínuo é essencial para
monitorar qualquer sinal de complicação.
Após um trauma de crânio:
Depois
de um trauma de crânio, sobretudo numa pessoa com 60 anos ou mais, existe a
possibilidade do desenvolvimento do que chamamos de hematoma crônico, ou
hematoma subdural crônico, que surge três a quatro semanas após o acidente.
Ainda
mais se a pessoa também faz uso preventivo, por exemplo, de antiagregantes
plaquetários, como ácido acetilsalicílico (AAS) ou anticoagulantes, para
prevenir acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, que coloca
numa situação de risco para que os pequenos vasos que foram cisalhados e
rompidos por conta do trauma, apresentem um sangramento que lenta e
progressivamente se organiza, formando um processo expansivo, que até se semelha
a um tumor, chegando e um momento em que a compressão do cérebro se faz
presente e o indivíduo pode apresentar dor de cabeça, náusea, vômito e
alterações neurológicas correlatas com o ponto do cérebro que é comprimido,
necessitando então do tratamento cirúrgico.
Como o sangramento desse tipo se forma:
Ele
se forma devido a um pequeno sangramento que existe no momento do trauma entre
as membranas que envolvem o cérebro, de maneira que lenta e progressivamente
esse sangue não é absorvido, ele se organiza com duas cápsulas, uma que fica em
contato com o cérebro e outra em contato com o crânio, através da dura-máter -
essa membrana espessa que envolve o cérebro - e conforme o tempo passa o volume
vai aumentando dentro dessa coleção, de maneira que se a pessoa ainda por cima
faz uso de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários, existe uma chance
ainda maior desse hematoma ir, lenta e progressivamente, aumentando provocando
o aumento da pressão intracraniana, compressão do tecido cerebral, por exemplo,
se comprime a área motora do lado direito, o hematoma à direita,
pós-traumático, ele pode provocar hemiparesia e fraqueza do lado esquerdo do
corpo, ou se comprime o lado esquerdo, além dessa fraqueza, pode também
provocar alterações na linguagem. Se a compressão é posterior, provoca ainda
alterações visuais. Depois da drenagem do hematoma, a pressão intracraniana
volta ao normal, a compressão deixa de existir e o paciente experimenta melhor.
Isso é um derrame?
Derrame
é um nome popular para se referir ao Acidente Vascular Encefálico, quer seja
ele isquêmico, que é quando um vaso entope e o sangue não chega para os
neurônios, ou seja hemorrágico, onde existe sangramento dentro do tecido
cerebral, pode ser secundária a um acidente vascular cerebral do tipo hemorrágico,
ou se ela acontece fora do crânio, entre o espaço que existe do cérebro com a
dura-máter, com a meninge externa, temos então a formação do hematoma subdural
crônico - uma hemorragia de caráter crônico que aumenta e, progressivamente,
comprime o cérebro.
Então, derrame é um termo popular utilizado para descrever AVC e não é o caso que o Lula apresentou, exceto se o hematoma em questão for um hematoma intraparenquematoso que nada tem a correlação com o trauma.
Dr. Fernando Gomes - Professor Livre Docente de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas de SP com mais de 2 milhões de seguidores. Há 12 anos atua como comunicador, já tendo passado pela TV Globo por seis anos como consultor fixo do programa Encontro com Fátima Bernardes (2013 a 2019), por um ano (2020) na TV Band no programa Aqui na Band como apresentador do quadro de saúde “E Agora Doutor?” e dois anos (2020 a 2022) como Corresponde Médico da TV CNN Brasil. Atualmente comanda seu programa Olho Clínico com Dr. Fernando Gomes semanalmente no Youtube desde 2020. É também autor de 9 livros de neurocirurgia e comportamento humano. Professor Livre Docente de Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião em hospitais renomados e também coordena um ambulatório relacionado a doenças do envelhecimento no Hospital das Clínicas.
drfernandoneuro
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