Estamos chegando no fim do ano, um período repleto de celebrações, e com ele, uma cobrança silenciosa sobre a necessidade de estar feliz. Confraternizações, festas de família, encontro com amigos, e toda forma de reunião neste período pode gerar um peso maior nas pessoas que, por algum motivo, estarão sozinhas.
“Durante as festividades, a
solidão atinge muitas pessoas: aquelas que estão distantes da família, que
recentemente perderam seus entes queridos, ou mesmo os que por alguma
circunstância, não tem ninguém para compartilhar as alegrias de um ano novo”, comenta a psicóloga Fabiana Cassar, especialista em família.
“Há também casos cada vez mais
comum, de mães solteiras que precisam compartilhar a guarda neste período,
criando uma ausência que pode ser difícil de lidar”, completa a psicóloga.
Vivemos em uma sociedade que muitas vezes nos cobra
ser felizes a todo momento, principalmente após a chegada das redes sociais,
onde baseamos a vida dos outros por uma foto ou vídeo produzido em
segundos. A pressão para estar na festa perfeita e famílias unidas, pode
aumentar o sentimento de solidão e frustração.
De acordo com a pesquisa realizada em 2020, pela
Campaign to End Loneliness, a solidão é um problema crescente neste período,
onde uma em cada cinco pessoas sofre de solidão durante o fim de ano.
Para as pessoas que passarão sozinhas este fim de
ano, podem usar o momento para planejar o próximo ano. Para as mães solteiras
que ficarão sozinhas, podem aproveitar a oportunidade para se conectar com suas
próprias necessidades e emoções.
O fim do ano, além de ser um tempo de
confraternização, ele também nos convida a refletir sobre o que vivemos nos
últimos doze meses, a autocompaixão e o cuidado com o nosso emocional.
“Desejo que as pessoas consigam dar acolhimento
para as próprias emoções, e encontrar pequenas alegrias que estão ao redor.
Desejo um ano de muita paz e autoconhecimento”, finaliza Cassar.
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