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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Mais da metade das brasileiras desconhece opções de preservação da fertilidade, revela pesquisa inédita

  

·        Apesar de 88% das mulheres conhecerem métodos contraceptivos, o desconhecimento sobre preservação da fertilidade persiste

·        Para 55% daquelas que já realizaram algum tipo de tratamento a busca por orientação médica foi considerada ‘tarde demais’*

·        Apenas 5% disseram que já conversaram com seu médico sobre preservação ou tratamentos para infertilidade 

 

A pedido da Merck, líder mundial em ciência e tecnologia, o IPEC pesquisou os desafios enfrentados por mulheres brasileiras no planejamento reprodutivo, destacando lacunas no conhecimento sobre fertilidade e preservação. A pesquisa inédita, realizada com mulheres entre 25 e 45 anos, indica que, embora 88% das mulheres tenham informação sobre métodos contraceptivos, apenas 58% entendem alguma coisa sobre a infertilidade, mas carecem de um conhecimento mais estruturando, visto que 55% desconhecem procedimentos como congelamento de óvulos e embriões, por exemplo. Já quando o tema é oncopreservação, 86% das mulheres relatam desconhecimento sobre o tema. 

"Precisamos ampliar o diálogo sobre a saúde feminina, planejamento reprodutivo e opções de preservação da fertilidade para as brasileiras. Embora muitas mulheres estejam bem-informadas sobre métodos contraceptivos, o desconhecimento sobre a fertilidade e técnicas como congelamento de óvulos e oncopreservação mostra que ainda temos um caminho a percorrer para que as mulheres estejam de fato empoderadas com informações que possam apoiar suas decisões reprodutivas”, destaca Maria Augusta Bernardini, Diretora Médica da Merck para Brasil e LATAM. 

 

Aconselhamento médico sobre fertilidade

O estudo revelou também que a decisão de procurar ajuda médica muitas vezes ocorre tarde demais. Para 55% das entrevistadas, que já realizaram algum tratamento de fertilidade, a busca por auxílio médico aconteceu ‘tarde demais’, evidenciando uma falta de conscientização sobre a importância do aconselhamento médico precoce sobre fertilidade. Essa falta de diálogo sobre o tema também se reflete na baixa interação com profissionais de saúde: apenas 5% das mulheres afirmaram ter discutido tratamentos para infertilidade e métodos de preservação da fertilidade com seus ginecologistas. Por outro lado, entre as mulheres que realizaram algum tipo de planejamento reprodutivo, 79% relataram uma relação transparente com seus médicos, e 50% afirmaram participar das decisões ao longo do tratamento 

“Ao observar esses dados, fica claro que o acesso à informação é um dos primeiros passos para assegurar que as mulheres possam tomar decisões que refletem seus desejos e necessidades”, comenta Dra. Melissa Cavagnoli, médica ginecologista e obstetra com especialização em Reprodução Humana. “É preciso garantir que essas questões sejam reconhecidas como pilares fundamentais do bem-estar e da autonomia feminina, permitindo que as mulheres façam escolhas informadas e alinhadas aos seus objetivos de vida.”

 

Acesso e percepções sobre o custo dos tratamentos

A pesquisa também identificou que 47% das mulheres apontam questões financeiras como um dos principais obstáculos para o acesso a tratamentos de fertilidade. A dificuldade de acesso ao serviço público (25%) e a ausência de cobertura por planos de saúde (21%) também foram citados como barreiras relevantes. Contudo, apesar de 70% afirmarem que o tratamento para fertilidade é totalmente inacessível ou inacessível, 90% nunca solicitaram um orçamento – dado que aparece entre pessoas das classes A/B e C. 

“O acesso ao tratamento de fertilidade é uma preocupação legítima para muitas mulheres no Brasil, que enfrentam barreiras significativas tanto no sistema de saúde público quanto no privado, o que contrasta com a realidade de outros países. Os custos desses tratamentos, que normalmente são arcados diretamente pelos pacientes, variam conforme as necessidades e o tipo de procedimento de cada pessoa. É importante que cada indivíduo avalie suas prioridades e possibilidades nesse processo, pois com uma jornada mais assertiva e personalizada é possível reduzir o impacto financeiro e psicológico do tratamento. É por isso que muitas empresas têm buscado apoiar as famílias, oferecendo benefícios que ampliam o acesso a esses tratamentos — um compromisso que assumimos em nosso programa interno que oferece benefícios para o planejamento reprodutivo e que outras organizações também têm adotado”, pontua Stephanie Tenan, Diretora da Unidades de Negócios de Fertilidade na Merck. 

Iniciativas de empresas privadas têm buscado diminuir as barreiras de acesso ao tratamento da infertilidade, permitindo que mulheres planejem sua saúde reprodutiva. Além de oferecer um suporte importante, essa ação pode fortalecer a reputação da empresa entre essas profissionais. Nesse contexto, o apoio corporativo também pode influenciar: 41% das mulheres indicaram que escolheriam empregos que ofereçam benefícios para tratamentos de fertilidade, número que sobe para 47% entre aquelas de 25 a 34 anos. “Este dado mostra que as empresas têm um papel fundamental em oferecer suporte que vá além do profissional e considere aspectos essenciais da vida pessoal de seus colaboradores. A criação de políticas que incluam benefícios de fertilidade é um passo em direção a um ambiente de trabalho mais inclusivo e que apoia as escolhas reprodutivas de seus colaboradores”, destaca Franciele Ropelato, Diretora de RH da Merck Brasil. 

 

Informação sobre causas e tratamento

Quando se trata de doenças que afetam a fertilidade, quatro em cada dez mulheres já receberam diagnósticos de condições como síndrome dos ovários policísticos (15%), obesidade (12%), alterações na tireoide (9%), miomas uterinos (8%) e endometriose (6%), sendo a prevalência maior entre mulheres de 36 a 45 anos. Essas condições não apenas desafiam o bem-estar físico, mas também afetam profundamente a saúde emocional e a qualidade de vida dessas mulheres, especialmente em uma fase em que muitas estão planejando ou tentando engravidar. 

Por isso, é fundamental que as mulheres recebam orientações adequadas sobre o impacto dessas condições na fertilidade no momento do diagnóstico, para que possam tomar decisões informadas sobre o planejamento reprodutivo e buscar o apoio médico necessário. 

Além das questões que afetam a fertilidade feminina, é fundamental considerar que a infertilidade pode ter origens masculinas. Fatores como a qualidade do sêmen, motilidade reduzida e anomalias morfológicas podem impactar a capacidade de concepção. Condições de saúde como diabetes, problemas hormonais, infecções e até mesmo fatores ambientais, como exposição a toxinas, são conhecidos por afetar a saúde reprodutiva dos homens. Portanto, um diagnóstico e tratamento eficazes da infertilidade devem envolver uma avaliação abrangente de ambos os parceiros, assegurando que todas as possíveis causas sejam investigadas e tratadas adequadamente. A conscientização sobre a saúde masculina é, também, essencial para que casais possam tomar decisões informadas em seu planejamento reprodutivo. 

A pesquisa mostrou que 52% das mulheres não costumam se informar sobre tratamentos para infertilidade e métodos de preservação da fertilidade, e essa proporção se mantém estável entre as entrevistadas de 25 a 35 anos (52%) e de 36 a 45 anos (53%). Esse dado deve ser considerado à luz das prioridades apontadas na pesquisa: 58% das mulheres valorizam a conquista de um patrimônio, 55% focam no crescimento profissional e 39% priorizam experiências pessoais, como viagens. 



Merck
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