Em entrevista, oftalmologista da Unimed Araxá explica que existem vários tipos de catarata e como é a cirurgia
A catarata é uma das principais
causas de baixa visão em todo o mundo, especialmente entre pessoas acima dos 60
anos. Embora seja um processo natural relacionado ao envelhecimento, o avanço
da medicina trouxe tratamentos eficazes que devolvem qualidade de vida aos
pacientes. Para esclarecer dúvidas comuns, a oftalmologista da Unimed Araxá,
Dra. Cristiane do Prado Silva Ramos, explica os diferentes tipos de catarata,
seus sintomas, como é realizada a cirurgia e os cuidados necessários no
pós-operatório.
Existem mais de um tipo de catarata?
Sim. Existem vários tipos de
catarata, sendo a catarata senil a mais frequente. A catarata senil é um
processo de envelhecimento do cristalino, uma lente transparente que existe
dentro do olho. Com o passar dos anos, o cristalino deixa de ser transparente e
se torna opaco, atrapalhando a visão. Assim, a catarata senil não deve ser
considerada uma doença, mas sim um processo normal do envelhecimento das
pessoas. Importante notar que na maioria das pessoas, a opacidade do cristalino
se desenvolve lentamente ao longo de anos.
Quais são os sintomas?
O principal sintoma de catarata é a
vista embaçada, que pode ser percebida como se houvesse uma “cerração”
atrapalhando a visão. A catarata é uma grande causa de baixa visão na
população, acometendo muitos indivíduos principalmente depois dos 60 anos.
Qual é o tratamento?
A catarata pode ser facilmente tratada
com a retirada do cristalino opaco. Assim, existe uma forma muito eficiente de
tratar a catarata que é fazendo uma cirurgia para a remoção do cristalino
opaco, a facoemulsificação. Antigamente a cirurgia de catarata era feita
quando o paciente já estava sem enxergar com o olho acometido. Isso mudou muito
e, atualmente, a cirurgia já pode ser feita quando o paciente percebe que a
visão ruim interfere nas suas atividades diárias.
Como é a cirurgia?
Não há necessidade de internação e a
cirurgia de catarata pode ser realizada com anestesia local e uma leve sedação.
A facoemulsificação pode ser feita mais precocemente devido à evolução
fantástica que aconteceu nas técnicas para retirada da catarata. O cristalino
opaco é removido rapidamente e é substituído por uma lente que é colocada
dentro dos olhos, devolvendo a visão com um tempo de recuperação bastante
curto.
E em relação às lentes. Como é feita
a escolha?
Existem vários tipos de lentes intraoculares. A evolução das lentes também foi surpreendente e a indicação específica da escolha da lente deve ser feita individualmente para cada paciente. Existem desde lentes que restauram a visão para longe e o paciente usa óculos para as tarefas de perto, até lentes que devolvem a visão para longe e para perto, como os óculos multifocais usados normalmente depois dos 40 anos.
Como é o pós-operatório?
No pós operatório imediato o paciente não precisa do uso do tampão ocular e normalmente é preciso apenas pingar colírios no olho operado. O paciente se recupera em sua residência e a visão vai melhorando ao longo dos dias. É importante também saber que mesmo com todas essas evoluções o comprometimento do paciente com o pós-operatório é de extrema importância, assim, como manter em dia a sua consulta oftalmológica.
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