O melanoma, uma das formas mais agressivas de câncer de pele,
surge a partir da transformação maligna dos melanócitos, células responsáveis
pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. Apesar de representar
apenas 5% dos cânceres de pele, o melanoma é responsável por cerca de 80% das
mortes associadas a esses tumores, destacando a importância do diagnóstico
precoce e da prevenção.
O que é
melanoma e como identificá-lo?
Segundo a dermatologista Dra. Carolina Marçon, o melanoma pode
aparecer em qualquer parte do corpo, incluindo áreas que não são regularmente
expostas ao sol, como a planta dos pés e o couro cabeludo. “Os sintomas mais
comuns incluem manchas ou pintas de coloração irregular, assimetria, bordas mal
definidas e mudança de cor, tamanho ou espessura. O uso da regra ABCDE é uma
ferramenta valiosa para identificar sinais suspeitos: A de assimetria, B de
bordas irregulares, C de cores variadas, D de diâmetro maior que 6 mm e E de
evolução”, explica a especialista.
Causas e
fatores de risco
O melanoma é frequentemente associado à exposição excessiva à
radiação ultravioleta (UV), seja por meio da luz solar ou do uso de câmaras de
bronzeamento artificial. A Dra. Carolina destaca outros fatores de risco:
“Histórico familiar de melanoma, pele clara, presença de muitas pintas ou nevos
atípicos e episódios prévios de queimaduras solares aumentam significativamente
a probabilidade de desenvolver o câncer”.
Prevenção:
Como reduzir os riscos?
A prevenção é essencial para reduzir a incidência de melanoma. A
dermatologista enfatiza medidas simples, mas eficazes, como o uso diário de
protetor solar com FPS 30 ou superior, evitar a exposição solar entre 10h e
16h, e usar roupas, chapéus e óculos de sol para proteger a pele. “Evitar o uso
de câmaras de bronzeamento é crucial, pois elas emitem radiação UV em níveis
muitas vezes superiores aos do sol”, alerta a médica. Além disso, realizar
autoexames regulares da pele e consultas dermatológicas anuais são passos importantes
para identificar alterações precoces.
Tratamento e
perspectivas
O tratamento do melanoma varia conforme o estágio do tumor. “Nos
estágios iniciais, a remoção cirúrgica é altamente eficaz e pode ser curativa.
Já em casos mais avançados, pode ser necessário recorrer à imunoterapia,
terapia-alvo ou radioterapia”, explica Dra. Carolina. A especialista também
reforça a importância da conscientização: “O diagnóstico precoce é fundamental
para aumentar as chances de cura. Por isso, não hesite em procurar um
dermatologista ao notar qualquer alteração suspeita na pele”.
A importância
da conscientização
O melanoma é uma condição grave, mas com conhecimento e práticas
preventivas, muitas vidas podem ser salvas. A campanha de conscientização,
especialmente durante meses como dezembro (Dezembro Laranja), ressalta a
relevância da educação sobre o câncer de pele.
Para mais informações e agendamentos, procure um dermatologista
de confiança. Sua pele merece cuidado e atenção constantes.
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