Nutricionista explica como incluir doces na dieta sem prejudicar a saúde e dá dicas práticas para evitar picos de glicose
Os números mais recentes do Censo 2022 revelam um
dado preocupante: mais de 20 milhões de brasileiros convivem com o diabetes,
sendo que 90% dos casos são de diabetes tipo 2, diretamente relacionado a
hábitos alimentares e ao estilo de vida. Essa condição ocorre quando o corpo
não utiliza adequadamente a insulina ou não a produz em quantidade suficiente,
levando ao descontrole da glicemia (níveis de açúcar no sangue). Diante desse
cenário, uma dúvida recorrente é: quem tem diabetes pode consumir açúcar?
De acordo com a nutricionista, pesquisadora
científica e coordenadora da pós-graduação Nutrição de Excelência, Aline
Quissak, a resposta é "sim e não". Tudo depende de como o açúcar é
incorporado na dieta e das estratégias usadas para manter o controle glicêmico.
"Não se trata de demonizar o açúcar, mas de entender como ele pode ser
consumido com moderação e equilíbrio dentro de um plano alimentar
individualizado", afirma a especialista.
Aline explica que a combinação de alimentos é
essencial para minimizar o impacto glicêmico. “O segredo está em associar o
consumo do açúcar a alimentos ricos em fibras, gorduras boas e proteínas, que
ajudam a retardar a absorção do açúcar no organismo. Isso permite que até mesmo
pessoas com diabetes possam saborear um doce ocasionalmente, sem comprometer a
saúde.”
Privar completamente o paciente de alimentos que
gosta pode ser contraproducente, gerando ansiedade e episódios de compulsão.
Por isso, a nutricionista defende um plano alimentar personalizado, adaptado às
preferências e à rotina de cada indivíduo. “A chave para o sucesso no
tratamento do diabetes tipo 2 é unir ciência, comportamento alimentar e prazer
em comer”, explica Aline.
A educação alimentar é outro ponto essencial:
“Ensinar o paciente a fazer escolhas inteligentes e entender o impacto das
combinações alimentares no controle da glicemia é fundamental”, enfatiza.
Entre as dicas práticas para o dia a dia, a
nutricionista recomenda:
- Frutas
prioritárias: Kiwi, goiaba, caju e acerola são boas opções devido ao baixo
índice glicêmico.
- Pães:
Prefira os de fermentação natural e combine-os com proteínas (como frango
desfiado, atum ou queijos maturados) e vegetais ricos em fibras, como
rúcula ou cenoura ralada.
- Doces:
Consuma após um almoço balanceado, incluindo saladas, proteínas e azeite
de oliva. Exemplos de porções moderadas são: 2 brigadeiros, 30g de
chocolate ou 1 colher de sopa de doce de leite.
Um novo olhar
sobre o consumo de açúcar
Com a orientação certa, o consumo de açúcar não
precisa ser um tabu absoluto para pessoas com diabetes. “A alimentação
terapêutica, aliada a suplementos e alimentos que auxiliam a função do pâncreas
e protegem o fígado e o coração, pode transformar o cuidado com o diabetes”,
afirma Aline.
O equilíbrio entre ciência e prazer é o caminho para viver bem, mesmo com a condição. Levar informação acessível e de qualidade é essencial para que pacientes e profissionais de saúde repensem a relação com a alimentação e o controle do diabetes no Brasil.
Sobre a pós-graduação Nutrição de Excelência
A pós-graduação se destaca por trazer uma abordagem prática e atualizada, voltada para a realidade do profissional de saúde brasileiro. Mais detalhes sobre o curso podem ser encontrados no site oficial https://melhorposanhanguera.com.br/formacao-de-saude-integrativa-de-precisao/ ou pelo telefone +55 (41) 9829-1751.
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