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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Dezembro Vermelho: preservativo é fundamental para prevenir a Aids

Doença ainda não tem cura e pode ser fatal se não for tratada


Usar preservativo nas relações sexuais continua sendo o principal cuidado para prevenir a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), para a qual ainda não há cura e que pode ser fatal se não for tratada. A recomendação é da dra. Dagmar Kistemann, clínica geral do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião da Campanha Dezembro Vermelho, que tem sua data principal em 1º de dezembro.

A dra. Dagmar explica que a Aids é uma doença infecto contagiosa causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Adquirida). Na primeira fase da doença, chamada de infecção aguda, ocorrem a incubação do vírus e sintomas inespecíficos, podendo passar despercebida. Na próxima fase, chamada de assintomática, existe a interação das células de defesa e as constantes e rápidas mutações virais, podendo durar anos.

“Com o ataque frequente das células de defesa, estas começam a ser destruídas, ficando o paciente com o organismo fragilizado e vulnerável às infecções. Inicia-se uma baixa imunidade que permite o aparecimento de doenças oportunistas, debilitando ainda mais o organismo e definindo a Aids”, informa a médica.

A dra. Dagmar alerta que pessoas soropositivas que tenham ou não Aids podem transmitir o vírus. As principais formas de transmissão ocorrem por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas, de mãe para filho durante a gravidez ou na amamentação, e por acidente com material biológico contaminado.

“Os medicamentos Anti Retrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 e atuam para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Estas medicações restabelecem o sistema imunológico e devem ser usadas regularmente para a melhora da qualidade de vida, reduzir internações, infecções oportunistas e principalmente a mortalidade. No Brasil, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento e medicações gratuitamente para pacientes HIV e Aids, desde 1996”.


Dezembro Vermelho

O Dia Mundial de Luta contra a Aids foi instituído em 1988, pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e pela OMS (Organização Mundial de Saúde). A data escolhida, 1º de dezembro, marca cinco anos após a descoberta do vírus HIV.

De acordo com a médica, este dia é marcado por uma campanha global que combate o preconceito, a desinformação e o estigma que ainda perduram nos portadores de HIV e Aids, e também destaca a necessidade urgente de acabar com as desigualdades que impulsionam a Aids e outras pandemias no mundo.

“A meta mundial é acabar com a Aids até 2030, porém estamos longe de cumprir o compromisso. Não por falta de conhecimentos ou ferramentas, mas devido às desigualdades estruturais que limitam soluções comprovadas para prevenção e tratamento do HIV e da Aids. Estas desigualdades econômicas, sociais, culturais e jurídicas deveriam ser eliminadas com urgência para acabar com a Aids até 2030”, explica a dra. Dagmar.

Alguns números mundiais em 2023:

·         39,9 milhões de pessoas viviam com HIV ou Aids

·         1,3 milhão de pessoas foram infectadas pelo HIV

·         Em torno de 630 mil pessoas morreram de doenças relacionadas à Aids

·         44 % das novas infecções foram em mulheres e meninas (na África Subsariana as mulheres e meninas representam 62% das novas infecções)

·         Uma pessoa morreu por minuto devido à Aid;

·         Semanalmente, 4 mil mulheres com idade entre 15 e 24 anos foram infectadas no mundo, sendo que 3,1 mil na África Subsariana.


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