Doença ainda não tem
cura e pode ser fatal se não for tratada
Usar
preservativo nas relações sexuais continua sendo o principal cuidado para
prevenir a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), para a qual ainda não
há cura e que pode ser fatal se não for tratada. A recomendação é da dra.
Dagmar Kistemann, clínica geral do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião
da Campanha Dezembro Vermelho, que tem sua data principal em 1º de dezembro.
A dra. Dagmar explica que a
Aids é uma doença infecto contagiosa causada pelo vírus HIV (Vírus da
Imunodeficiência Adquirida). Na primeira fase da doença, chamada de infecção
aguda, ocorrem a incubação do vírus e sintomas inespecíficos, podendo passar
despercebida. Na próxima fase, chamada de assintomática, existe a interação das
células de defesa e as constantes e rápidas mutações virais, podendo durar
anos.
“Com o ataque frequente das
células de defesa, estas começam a ser destruídas, ficando o paciente com o
organismo fragilizado e vulnerável às infecções. Inicia-se uma baixa imunidade
que permite o aparecimento de doenças oportunistas, debilitando ainda mais o
organismo e definindo a Aids”, informa a médica.
A dra. Dagmar alerta que
pessoas soropositivas que tenham ou não Aids podem transmitir o vírus. As principais
formas de transmissão ocorrem por relações sexuais desprotegidas,
compartilhamento de seringas, de mãe para filho durante a gravidez ou na
amamentação, e por acidente com material biológico contaminado.
“Os medicamentos Anti
Retrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 e atuam para impedir a
multiplicação do HIV no organismo. Estas medicações restabelecem o sistema
imunológico e devem ser usadas regularmente para a melhora da qualidade de
vida, reduzir internações, infecções oportunistas e principalmente a
mortalidade. No Brasil, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento e
medicações gratuitamente para pacientes HIV e Aids, desde 1996”.
Dezembro Vermelho
O Dia Mundial de Luta contra
a Aids foi instituído em 1988, pela Assembleia Geral da ONU (Organização das
Nações Unidas) e pela OMS (Organização Mundial de Saúde). A data escolhida, 1º
de dezembro, marca cinco anos após a descoberta do vírus HIV.
De acordo com a médica, este
dia é marcado por uma campanha global que combate o preconceito, a desinformação
e o estigma que ainda perduram nos portadores de HIV e Aids, e também destaca a
necessidade urgente de acabar com as desigualdades que impulsionam a Aids e
outras pandemias no mundo.
“A meta mundial é acabar com
a Aids até 2030, porém estamos longe de cumprir o compromisso. Não por falta de
conhecimentos ou ferramentas, mas devido às desigualdades estruturais que
limitam soluções comprovadas para prevenção e tratamento do HIV e da Aids.
Estas desigualdades econômicas, sociais, culturais e jurídicas deveriam ser
eliminadas com urgência para acabar com a Aids até 2030”, explica a dra.
Dagmar.
Alguns números mundiais em
2023:
·
39,9 milhões de pessoas viviam com HIV ou
Aids
·
1,3 milhão de pessoas foram infectadas pelo
HIV
·
Em torno de 630 mil pessoas morreram de
doenças relacionadas à Aids
·
44 % das novas infecções foram em mulheres e
meninas (na África Subsariana as mulheres e meninas representam 62% das novas
infecções)
·
Uma pessoa morreu por minuto devido à Aid;
·
Semanalmente, 4 mil mulheres com idade entre
15 e 24 anos foram infectadas no mundo, sendo que 3,1 mil na África Subsariana.
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