Usar VPN é a opção mais segura para
quem precisa se manter conectado em voos e aeroportos, explica Pesquisador em
Segurança da ESET
Com a oferta de Wi-Fi em alguns voos, muitos passageiros
aproveitam a conectividade durante as viagens. A prática, entretanto, pode
representar um risco, alerta a ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças. Este ano, a
Polícia Federal Australiana (AFP) prendeu um homem acusado de instalar redes
Wi-Fi falsas em aeroportos e voos domésticos, com o objetivo de roubar
informações pessoais e sensíveis dos passageiros.
“Segundo as investigações, o suspeito criava redes Wi-Fi que
imitavam as legítimas para enganar os passageiros e coletar dados pessoais.
Esse caso destaca a necessidade de estarmos atentos para não expor informações
sensíveis a criminosos”, afirma Daniel Barbosa, pesquisador de segurança da
ESET Brasil.
A apuração teve início após uma companhia aérea denunciar a
presença de uma rede Wi-Fi suspeita durante um voo doméstico na Austrália. Além
disso, conexões fraudulentas também foram localizadas em aeroportos como Perth,
Melbourne e Adelaide. Durante a operação policial, foram apreendidos
equipamentos que direcionavam os usuários a sites falsos, solicitando
credenciais como endereço de e-mail e acesso às redes sociais. Os dados
capturados eram armazenados nos dispositivos do suspeito, que os utilizava para
obter acesso a informações adicionais, incluindo registros bancários.
O departamento de crimes cibernéticos da Polícia Federal
Australiana (AFP) publicou uma nota com a recomendação de que, ao conectar-se a uma rede Wi-Fi
gratuita, não deve ser necessário inserir nenhum dado pessoal, como login com
e-mail ou conta de redes sociais. A autoridade policial daquele país, orienta
ainda que, após se conectar a essas redes em aeroportos ou voos domésticos, os
usuários alterem suas senhas e relatem qualquer atividade suspeita.
Como se conectar de forma segura em voos e aeroportos?
O pesquisador da ESET sugere cautela nas ações realizadas durante
essas conexões. Isso inclui acessar apenas sites que não exijam credenciais ou
informações pessoais, desativar serviços como internet banking, contas de
e-mail, redes sociais e outros aplicativos que demandem login e senha para conexão.
Caso o acesso seja feito a partir de um dispositivo utilizado para trabalho, o
ideal é usar uma VPN (rede privada virtual) para manter os dados
criptografados.
Barbosa também recomenda configurar os dispositivos para que
solicitem autorização antes de se conectarem a redes, evitando acessos
automáticos a conexões públicas, uma medida eficaz para reduzir
vulnerabilidades.
“Manter uma solução antimalware instalada em todos os dispositivos, como laptops e celulares, é o primeiro passo para garantir segurança. Ter sempre a versão mais recente do software atualizada garante que todas as funcionalidades estejam prontas para bloquear aplicativos potencialmente indesejados”, ressalta o pesquisador.
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