- Calor, chuvas e umidade favorecem o aumento da população do Aedes
aegypti, transmissor de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya
anexo 1
Controlar a proliferação do mosquito é essencial para interromper a onda de casos (Créditos: BASF) |
Com
o verão se aproximando, começam a surgir os picos de infecções de doenças como
Dengue, Zika e Chikungunya, causadas pelo mosquito transmissor Aedes aegypti.
O Ministério da Saúde aponta que em
2024 os casos de dengue aumentaram 400% no país, em relação ao ano
anterior, e há uma expectativa para uma possível nova alta neste verão, segundo
especialista em pragas urbanas da BASF.
“Em condições favoráveis de altas temperaturas e umidade, os ovos do Aedes aegypti podem se transformar em mosquitos adultos em menos de 10 dias. É preciso que a população esteja consciente de que qualquer acúmulo de água, mesmo em pequenas quantidades, pode se tornar um criadouro do mosquito”, afirma Jeferson de Andrade, pesquisador de Desenvolvimento de Produto e Mercado da BASF.
Os últimos dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, atualizado até novembro de 2024, aponta que existem mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue registrados este ano. Já de Chikungunya, foram mais de 260 mil quadros. O calor e o aumento de chuvas, característicos do verão no hemisfério sul, criam condições ideais para o aumento de população do mosquito vetor, principalmente nos ambientes domésticos.
Um exemplo é a cidade de Campinas, no interior de São Paulo, que passa por um surto da doença, com mais de 120 mil casos confirmados. Para orientar a população sobre a prevenção, a cidade realizou a Semana da Mobilização contra Dengue em escolas e mercados, com agentes de saúde e voluntários. A nível estadual, o Governo de São Paulo também promoveu a Semana Estadual de Mobilização contra as Arboviroses.
"O
engajamento comunitário por meio de campanhas de conscientização e mutirões de
limpeza de áreas públicas é muito importante para evitar a propagação das
doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Quanto mais pessoas se
envolverem ativamente, maior será o impacto positivo na saúde coletiva”,
explica Jeferson de Andrade.
Cuidados começam em casa
As ações preventivas de controle à dengue devem começar antes do verão, já que os ovos do mosquito podem sobreviver durante todo o ano, impedindo a detecção precoce de possíveis surtos da doença: “Quando se fala em dengue, é comum que venha à mente a imagem do mosquito em sua forma adulta, mas é importante lembrarmos que também existem outros estágios: ovos, larva, pupa, além do adulto, cada um com comportamentos diferentes”, completa o especialista da BASF.
Confira
algumas dicas para se prevenir:
- Eliminar focos de água parada para impedir que o ciclo de vida do
inseto transmissor se complete. Pratos de vasos de plantas, pneus, caixas
d'água mal tampadas, garrafas e piscinas são exemplos de
ambientes onde o mosquito pode depositar seus ovos.
- Cuidar do ambiente doméstico, limpando folhas e
sujeiras que possam obstruir a passagem de água e mantendo sacos de lixo
bem fechados e em locais cobertos.
- Instalar telas em janelas e usar repelentes ajudam
a evitar o contato com o mosquito em fase adulta.
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