Dra. Isadora Matias de Barros Bueno,
ginecologista e obstetra da AMCR, explica um pouco mais sobre o tratamento de
reprodução assistida
Um casal sem nenhum fator limitante para engravidar tem cerca de
25% de chance de conceber a cada mês, segundo o portal Patrícia Varella.
Entretanto, muitos casais não conseguem alcançar uma gestação e este número tem
aumentado nos últimos anos. A Reprodução Assistida é um conjunto de técnicas
utilizadas pela medicina para auxiliar esses pacientes a terem filhos. Nos
tratamentos de Reprodução Assistida, a doação de óvulos, sêmen e embriões
tornou-se cada vez mais comum.
Os óvulos doados para reprodução assistida normalmente
beneficiam pacientes com baixa reserva ovariana, que entraram precocemente na
menopausa, além de mulheres acima dos 40 anos, casais homoafetivos e pacientes
que não possuem ovários devido a cirurgias. Hoje, vamos entender um pouco mais
sobre os beneficiários de materiais doados para esse tratamento
O sêmen doado tem como objetivo ajudar casais com problemas
graves de fertilidade masculina, casais homoafetivos femininos e mulheres que
desejam a maternidade solo. Já os embriões doados são indicados para casais com
problemas de fertilidade tanto femininos quanto masculinos, mulheres que optam
pela maternidade solo e aquelas com idade avançada ou baixa reserva ovariana.
A Dra. Isadora Matias de Barro Bueno, ginecologista e obstetra
do AMCR, comentou sobre a idade limite para esses procedimentos, e explicou
como prosseguir caso esteja acima dessa faixa etária: "A última resolução
do Conselho Federal de Medicina estabelece a idade limite de 50 anos para
procedimentos de reprodução assistida. Pacientes acima dessa faixa etária
requerem avaliação detalhada e autorização do médico obstetra."
Além das sorologias preconizadas pela Anvisa, os casais devem
passar por alguns exames clínicos como Papanicolau, mamografia e ultrassom
transvaginal. "Mulheres acima de 40 anos podem necessitar de exames
adicionais, como histeroscopia, devido a possíveis alterações uterinas" ,
conclui a Dra Isadora.
O preparo para transferência de embriões pode ser feito com
hormônios para ajustar o útero, seja artificialmente em pacientes na menopausa
ou seguindo o ciclo natural da mulher em tratamento. Além disso, podem ser
transferidos, no máximo, dois embriões, levando em consideração a idade do
óvulo e não da paciente em gestação.
O procedimento tem riscos inerentes a própria gestação, sendo o
risco de aborto igual da população geral abaixo dos 37, uma vez que esta é a
idade limite para a doação de ovulos.
"A reprodução assistida ajuda muitos pacientes que têm dificuldades com gestação a realizarem o sonho de serem pais. É gratificante poder ver a ciência e os estudos auxiliando na reprodução de formas que antigamente não víamos" conclui a Dra. Isadora.
AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil
Para saber mais informações, acesse o site.
Nenhum comentário:
Postar um comentário