Com a chegada do feriado de Corpus Christi, muitas
famílias estão se planejando para viajar. No entanto, alguns desafios podem
surgir. À medida que os avanços tecnológicos facilitam o processo de reserva de
passagens e hospedagens online, infelizmente, também se intensificam as brechas
para a ocorrência de fraudes, deixando o viajante cada vez mais vulnerável.
Esses golpes podem assumir diversas formas, desde anúncios falsos
de hospedagens até táticas sofisticadas aplicadas durante a viagem, como o uso
de conexões de Wi-Fi públicas inseguras ou estratégias de phishing por e-mail.
Nesse contexto, é fundamental adotar medidas de segurança digital para evitar
cair em armadilhas e garantir uma experiência de viagem mais segura.
Para o perito digital e CEO da Enetsec, Wanderson Castilho,
qualquer um pode se tornar alvo, mesmo os de perfis viajantes mais experientes:
“É necessário entender que esses cibercriminosos investem tempo, tecnologias, e
aprimoram suas técnicas, tornando o golpe cada vez mais convincente. Eles podem
parecer extremamente profissionais, usando logotipos, sites e documentos falsos
para enganar potenciais vítimas”, resume.
Ainda segundo o especialista, essa resistência por parte dos
golpistas pode dificultar a discernir o verdadeiro do falso. “É um desafio
diário manter-se atualizado sobre as novas táticas utilizadas pelos golpistas e
estar sempre alerta para proteger-se de possíveis emboscadas, mas é preciso, já
que nos dias de hoje 85% de nossas compras são feitas pela internet”, alerta.
Para te ajudar, Wanderson Castilho destaca dicas importantes,
veja:
Certifique -se se o site é verdadeiro: Segundo o especialista, é comum que
golpistas criem sites falsos para parecer com os sites reais. “O usuário deve
verificar sempre a URL do site para garantir que seja o oficial e tenha certeza
de que ele seja seguro - começando com "https" e exibindo um cadeado
na barra de endereço”, diz.
Evite ofertas muito boas para serem verdadeiras: Outra tática dos golpistas é utilizar
preços abaixo do mercado para chamar atenção de suas vítimas. Contudo, Castilho
ressalta que ofertas baratas demais tendem a quase nunca serem reais.
Pagamentos seguros: Ao fazer uma reserva, os viajantes devem dar preferência
aos pagamentos seguros, como cartões de crédito ou serviços de modalidade de
pagamento online. Evitar fornecer informações pessoais, como números de conta
bancária, por e-mail ou em sites não seguros.
Utilize redes de Wi-Fi seguras: É bastante comum o uso de wifi
público, no entanto, essa prática oferece alguns riscos. “Em alguns casos, em
vez de falar diretamente com o ponto de acesso, o usuário pode estar enviando
informações para o hacker, e facilitando o roubo delas. É indicado o uso da a
rede móvel do celular ou uma rede privada virtual (VPN) para garantir uma
conexão segura”, pontua.
Senhas seguras: É importante que a criação das senhas seja pensada além do óbvio,
elas devem ser fortes, seguras e únicas. Segundo Castilho, o uso de uma senha
personalizada para cada conta pode ajudar a reduzir o impacto de um possível
vazamento de dados.
Busque reservar em sites oficiais: Ao buscar reservas em sites oficiais
de viagens, o viajante garante autenticidade e segurança das informações, evita
golpes e contratempos. Além de proteger seus dados pessoais, desfrutando de
políticas de cancelamento claras, e às vezes até benefícios.
Por fim, o especialista explica que a dica mais valiosa é a informação: “É crucial que os usuários estejam informados sobre as últimas táticas de golpes online, atentos aos e-mails suspeitos, mensagens de texto não solicitadas e sites que solicitam informações pessoais ou financeiras demais. Desconfiando de qualquer solicitação, se torna mais fácil evitar uma possível fraude.", conclui.
Wanderson Castilho - Com mais de 5 mil casos resolvidos, o perito cibernético e físico, utiliza estratégias de detecção de mentiras e raciocínio lógico para interpretar os algoritmos dos crimes digitais. Autor de quatro livros importantes no segmento e há 30 anos no mercado, Wanderson Castilho refaz os passos dos criminosos virtuais para desvendar a metodologia empregada no crime digital. Certificado pelo Instituto de Treinamento de Análise de Comportamento (BATI) da Califórnia, responsável por treinar mais de 30 mil agentes policiais, entre eles profissionais do FBI, CIA e NSA. Também possui certificados em Certified Computing Professional – CCP – Mastery, Expert in Digital Forensics, é membro da ACFE (Association of Certified Fraud Examiners). E sua recente certificação como Especialista em investigação de criptomoedas pelo Blockchain Intelligence Group, ferramenta usada pelo FBI, o coloca hoje em um patamar de um dos maiores profissionais em crimes digitais do mundo sendo um dos especialistas mais cotados para resolver crimes cibernéticos.
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