Com abertura no dia 11 de junho (terça), às 10h, exposição temporária do Museu do Ipiranga revela a evolução de diferentes tipos de mobiliário ao longo do tempo
A curadoria é dos docentes do Museu
Paulista, Paulo César Garcez Marins e Maria Aparecida de Menezes Borrego, e do
convidado Giancarlo Latorraca, arquiteto e ex-diretor técnico do Museu da Casa
Brasileira
Bancos, cadeiras, sofás, caixas, cômodas,
escrivaninhas, guarda-roupas, redes, esteiras e camas. Todos esses itens fazem
parte do nosso dia a dia e revelam como atendemos três necessidades básicas:
sentar, guardar e dormir.
Com foco nessas três ações humanas e nas soluções criativas
adotadas em diferentes épocas, o Museu do Ipiranga realiza a exposição “Sentar,
guardar, dormir: Museu da Casa Brasileira e Museu Paulista em diálogo”. Com
abertura no dia 11/6, às 10h, a mostra apresenta móveis produzidos entre os
séculos 16 e 21, com as peças criadas de acordo com as demandas de cada
período.
As 164 peças escolhidas estabelecem um diálogo entre os acervos do
Museu da Casa Brasileira (MCB), com 118 móveis, e do Museu Paulista, com 46
peças, expondo a complementaridade dos acervos das duas instituições estaduais
paulistas. Os itens evidenciam a diversidade cultural e social brasileiras,
abordando as heranças indígena, portuguesa e afro-brasileira, além daquelas
ligadas às diversas imigrações e migrações que marcaram nossa sociedade.
Para facilitar o diálogo com o público, a exposição foi organizada
por tipos de móveis, permitindo uma comparação clara entre as formas de
desenvolvimento do mobiliário, seja por métodos artesanais ou industriais.
A curadoria é dos docentes do Museu Paulista, Maria Aparecida de
Menezes Borrego, e Paulo César Garcez Marins e do convidado Giancarlo
Latorraca, arquiteto e ex-diretor técnico do Museu da Casa Brasileira. Também
colaboraram na curadoria os assistentes Rogério Ricciluca Matiello Félix e
Wilton Guerra, pela primeira vez juntos.
O MCB foi criado em 1970 para registrar e expor as diferentes
formas de morar, tornando-se o único museu brasileiro especializado em design.
O acervo abarca muitos itens produzidos a partir da segunda metade do século
XX, abrangendo peças assinadas ou produzidas pela indústria ou por camadas
populares. Já o Museu Paulista da USP, do qual faz parte o Museu do Ipiranga, é
voltado ao estudo de objetos e imagens que documentam a sociedade brasileira e
tem móveis em sua maioria produzidos entre o século XVII e os anos 1920.
A exposição está instalada no salão de exposições temporárias, um espaço moderno, acessível e climatizado, com 900m2, localizado no piso jardim, o novo pavimento do Museu do Ipiranga. Os ingressos para a mostra são gratuitos.
Módulos da exposição
SENTAR
Apresenta móveis populares, cadeiras e poltronas feitas por
designers dos séculos 20 e 21 e conjuntos de sofás e cadeiras dos séculos 18 e
19. Um conjunto de tipologias que remetem ao uso recorrente ao longo do tempo, incluindo,
cadeiras de balanço, cadeiras para criança, sofás, poltronas, poltronas de
braço, canapés, bancos, mochos, cadeiras de costura e cadeiras de escritório
giratórias. . Entre os destaques, figuram, peças elaboradas para o trabalho
como uma cadeira de barbeiro e um raro exemplar de cadeira de dentista
portátil, além de bancos e esteiras indígenas.
GUARDAR
São apresentados diversos tipos de móveis que foram utilizados
para armazenar roupas, cartas, documentos e valores. Caixas, canastras, cofres,
cômodas, armários, guarda-roupas, contadores, papeleiras e escrivaninhas
revelam, por um lado, os modos de dar segurança ao que se quer preservar ou
transportar e, por outro, a proteção dos testemunhos da nossa intimidade e das
roupas e acessórios que usamos.
Entre os destaques, estão a cômoda papeleira com seus sistemas de
segredo, guarda-roupas de Alberto Santos Dumont e cangalhas utilizadas em mulas
para o transporte de cargas.
DORMIR
São exibidos móveis que evidenciam diversas formas de deitar e
descansar praticadas no Brasil ao longo de séculos. Da rede de origem indígena
às camas de casal ou de solteiro, estes móveis foram utilizados tanto em
espaços compartilhados, como em ambientes cada vez mais íntimos ou individuais.
Pelos vários materiais usados em sua confecção – como fibras
naturais, madeiras, couro, metais para encaixes e molas, plásticos e tecidos –
pode-se trilhar o caminho entre fatura artesanal, muitas vezes feitas por
indígenas e negros, e a linha de produção em série, como é o caso das Camas
Patente.
Muitas camas foram ofertadas às coleções dos museus por terem
pertencido a membros das elites, como a família imperial, nobres que receberam
seus títulos dos imperadores, como a Marquesa de Santos; ou de personalidades
da política no regime republicano.
O módulo também apresenta um conjunto de móveis que pertenceu ao
quarto de dona Violeta Jafet, doado em 2017 ao Museu Paulista. Ele é composto
por cama, mesas de cabeceiras, penteadeira, sapateira, banqueta, cadeiras e
mesa circular e um divã estofado. Dormir, sentar e guardar estavam, assim,
reunidos em um mesmo ambiente de elite, por meio dos móveis feitos pelo Liceu
de Artes e Ofícios, que foi o mais famoso fabricante de móveis da cidade de São
Paulo.
SERVIÇO
Exposição temporária “Sentar, guardar, dormir:
Museu da Casa Brasileira e do Museu Paulista em diálogo”
Abertura: 11/6 (terça), às 10h
Encerramento: 29/9
Sala de exposições temporárias, ala oeste do piso Jardim
Entrada gratuita
Acesso ao edifício Monumento
O acesso ao edifício monumento, no qual estão abertas as
exposições de longa-duração, se dá por meio de ingressos vendidos por
agendamento em nosso site ou diretamente na bilheteria. Mais informações: Link
Museu do Ipiranga
Endereço: Rua dos Patriotas, 100
Funcionamento: Terça a domingo (incluindo feriados), das 10h às 17h (última
entrada às 16h)
Bilheteria a partir das 9h
Ingressos para as exposições de longa-duração: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)
Gratuidades: Quartas-feiras e primeiro domingo do mês, além de entrada franca
para públicos específicos. Confira mais informações: Link
Como chegar:
Transporte público: De metrô, há duas estações próximas ao Museu, ambas da linha
2, verde: Alto do Ipiranga (30 minutos de caminhada) e Santos-Imigrantes (25
minutos a pé). A linha 710 da CPTM tem uma parada no Ipiranga (20 minutos de
caminhada).
Principais linhas de ônibus: 4113-10 (Gentil de Moura – Pça da
República), 4706-10 (Jd. Maria Estela – Metrô Vila Mariana), 478P-10 (Sacomã –
Pompéia), 476G-10 (Ibirapuera – Jd.Elba), 5705-10 (Terminal Sacomã – metrô
Vergueiro), 314J-10 (Pça Almeida Junior – Pq. Sta Madalena), 218 (São Bernardo
do Campo – São Paulo).
Pessoas com deficiência em transporte individual: na entrada da rua Xavier de Almeida,
nº 1, há vagas rotativas (zona azul) em 90°. Para quem usa bicicleta, foram
instalados paraciclos na área do jardim.
Para quem usa bicicleta, há paraciclos próximos aos portões da R.
Xavier de Almeida e R. dos Patriotas.
Museu do Ipiranga – USP
O Museu do Ipiranga é sede do Museu Paulista da Universidade de São
Paulo, e seguiu em atividade com eventos, cursos, palestras e oficinas em
diversos espaços da cidade. As obras de restauro, ampliação e modernização do
Museu são financiadas via Lei Federal de Incentivo à Cultura. A gestão do
Projeto Novo Museu do Ipiranga é feita de forma compartilhada pelo Comitê
Gestor Museu do Ipiranga 2022, pela direção do Museu Paulista e pela Fundação
de Apoio à USP (FUSP).
O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual
e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo
do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à
Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos
antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do
país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de
ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.
As obras do Novo Museu do Ipiranga foram financiadas via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
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Patrocinadores e parceiros:
Mantenedor: EDP, Shell, Vale
Patrocinador Master: Itaú
Parceiro Gold: Comgas, EMS, Sabesp, Santander
Patrocínio Silver: Caterpillar
Apoio: BNDES, Fundação BB
Empresas parceiras: Dimensional, Nortel, PWC, Too seguros
Parceria de mídia: Estadão, Revista Piauí, Uol, Instituto
Bandeirantes
Apoio Institucional: MCB; Secretaria da Cultura, Economia e
Indústria Criativas do Estado de São Paulo
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