Para a Anadem, iniciativa garantirá que todos os estados do País ofereçam tratamento adequado e de qualidade para quem precisa
Pessoas que necessitam de cuidados paliativos serão melhor assistidas no Brasil. Isso porque neste mês foi publicada a Portaria GM/MS n.o 3.681, que institui a Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) no Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é oferecer serviços de saúde a pacientes, familiares e cuidadores de forma humanizada. A expectativa é habilitar 1,3 mil equipes para prestar esse atendimento, com investimento anual de R$ 887 milhões.
“No Brasil, cerca de 625 mil pessoas precisam de cuidados paliativos. Eles são fundamentais para melhorar a qualidade de vida de quem enfrenta doenças graves, crônicas ou uma situação de terminalidade. É uma iniciativa necessária para o País e que requer total atenção de gestores públicos e profissionais de saúde”, comenta o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal.
Com foco no alívio da dor, no controle de sintomas e no apoio emocional, os cuidados paliativos se tornaram cada vez mais importantes. A política, inédita no Brasil, trará melhorias para esse atendimento. De acordo com Canal, com ações até então limitadas, a falta de profissionais com formação paliativa, além de barreiras culturais, os serviços ficavam concentrados apenas nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
“Com a política, o cenário certamente mudará e as medidas serão
realizadas de forma abrangente e uniforme, uma vez que serão criadas equipes
formadas por multiprofissionais para disseminar as melhores práticas em
cuidados paliativos. Além disso, haverá a garantia de acesso a medicamentos e
insumos para quem necessita, assim como a promoção de informação qualificada e
educação em cuidados paliativos”, conclui.
Estratégia
Para que o serviço funcione, a estimativa é que sejam formadas 485
equipes matriciais, que farão a gestão dos casos, e 836 equipes assistenciais,
que prestarão a assistência especificamente, sendo que ambas serão compostas
por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos. Também serão
criadas equipes com pediatras e os gestores locais poderão incorporar outros
profissionais da área da saúde, como fisioterapeutas, cirurgiões-dentistas,
farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e fonoaudiólogos.
Na prática, será composta uma equipe matricial para cada fração de território com 500 mil habitantes de uma mesma macrorregião de saúde e uma equipe assistencial para cada 400 leitos do SUS habilitados. “A Política Nacional de Cuidados Paliativos é resultado da mobilização da população e de especialistas e irá aprimorar os serviços já oferecidos no SUS em hospitais gerais e especializados, centros oncológicos, entre outros. Um avanço essencial”, destaca o presidente da Anadem.
Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética – Anadem
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