Liderança,
remuneração e assédio são as principais disparidades em relação aos homens, de
acordo com a pesquisa "Presença feminina na área de segurança no
trabalho"Pixabay
Desigualdade:
mulheres no mercado de Segurança do Trabalho encaram diferença no
tratamento
A pesquisa “Presença feminina na área de segurança
no trabalho” foi realizada pela NOZ Inteligência sob demanda da multinacional
MSA Safety, especialista em equipamentos de segurança para o setor. O estudo
contou com: pesquisa quantitativa respondida on-line e de forma voluntária por
mais de 600 profissionais do segmento – homens, mulheres e outros gêneros;
quatro entrevistas com líderes mulheres da área de segurança no trabalho; e,
também, com três artigos, sendo um de uma professora universitária, pesquisadora
e atuante da área, e outros dois artigos de mulheres que relataram suas
entradas e trajetórias profissionais a partir das perspectivas de gênero e
raça.
Mauricio Alvares, gerente Nacional de Operações
Comerciais na MSA, destaca a importância e a necessidade de pesquisas na área,
em especial sobre o aspecto de gênero: “Exploramos em profundidade a atuação
das mulheres no segmento, suas experiências e percepções sobre o mercado de
trabalho, as necessidades e desafios enfrentados, expectativas e carreira para
o debate sobre ações efetivas realizadas nas empresas”.
Juliana Vanin, coordenadora da pesquisa e fundadora
da NOZ Inteligência, afirma que “o objetivo foi compreender a atuação de
mulheres na área de meio ambiente, saúde e segurança no trabalho a partir de
renda, capacitação, maternidade, reconhecimento, satisfação profissional entre
outros comparativos para avaliar a existência de desigualdades entre homens e
mulheres do ramo”.
O estudo foi composto a partir da análise das
entrevistas e ilustrado com dados que comparam as respostas com recortes, por
exemplo, da percepção de vivência de oportunidades oferecidas entre homens e
mulheres, brancos e negros, mulheres com e sem filhos etc. E para ilustrar os
dados, a pesquisa utilizou diversos depoimentos anônimos das respondentes para
serem pensados em conjunto com os dados demonstrados.
Por exemplo, a pesquisa aponta que todos os cargos
de alta liderança, com salários acima de dez mil reais, são ocupados
majoritariamente pelo público masculino nesse mercado. Promoções e aumento de
salário por desempenho também são concedidos principalmente aos homens, sendo
que 42% das mulheres afirmaram que não foram promovidas no emprego atual, ou
último emprego, e 45% afirmaram não terem recebido aumento de salário como reconhecimento
de desempenho. Entre as mulheres negras, o percentual sobe para acima de 50%.
Fernanda Hyodo, gerente de Marketing de Produtos na MSA, afirma – frente ao
resultado do estudo – que é preciso validar a importância da igualdade e
equidade entre os gêneros no mercado EHS (ambiente, saúde e segurança).
Os índices da pesquisa ainda mostram que o público
feminino atua 2,5 vezes mais que o masculino em cargos inferiores à sua
formação ou especialização e que o percentual em relação à falta de oportunidade
no mercado chega ao dobro dos homens. Metade das entrevistadas ainda afirmou
que a falta de apoio à maternidade afeta (35%) ou afeta muito (15%) o
desenvolvimento profissional, já que as empresas, muitas vezes, optam por não
admitir ou demitir colaboradoras que se tornam mães.
O lançamento do estudo foi realizado com uma live
produzida pela MSA no dia 29 de março, e contou com a participação de mulheres
que contribuíram com o estudo por meio de suas experiências, o que possibilitou
um bate-papo sobre como transformar o mercado de segurança no trabalho em um
ambiente com oportunidades igualitárias para todos.
Esses e outros dados podem ser lidos no livro
disponível para download gratuito, no formato e-book, no site da NOZ
Inteligência: www.nozinteligencia.com.br/msa
https://br.msasafety.com/
NOZ INTELIGÊNCIA
https://www.nozinteligencia.com.br/
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