Especialista da
Luandre aponta porque é importante contar a verdade para o recrutador
Segundo pesquisa recente*, 75% dos brasileiros
mentem no currículo sobre formação e experiência. O levantamento ainda aponta
que 48% dos currículos analisados continham inverdades sobre o tema salário
atual ou mais recente.
“Muitos acreditam que devem incrementar o currículo
para conseguir uma chance, contudo se a vaga solicita alguns requisitos é
porque eles farão parte do dia a do profissional. Por isso, a seleção do CV é
uma primeira triagem para entender as habilidades técnicas compatíveis com a
função. Antes ou depois da entrevista, também podem ser solicitados testes
práticos como complemento”, comenta Larissa Gonçalves, gerente de operações da
Luandre RH, uma das maiores consultorias de RH do país.
Larissa reforça que não há problema algum admitir
não ter alguma habilidade solicitada pelo cargo, já que as empresas realizam
uma avaliação geral do perfil do candidato, ou seja, eles podem não ter uma
competência, mas ter outra muito mais relevante para a empresa. Além disso,
muitas empresas oferecem boas oportunidades de primeiro emprego ou mentoria
interna, visando o desenvolvimento do profissional contratado. “Na seleção,
diversas características são analisadas e que vão além da formação e
experiência. Analisamos postura, facilidade em se comunicar, além das ambições
e motivações em relação ao cargo. Por isso, mentir pode colocar tudo a perder,
uma vez que quebra a confiança sobre qualquer outra informação que o candidato
possa trazer”, afirma Larissa.
A título de curiosidade, ela
lista as 5 principais mentiras que os candidatos contam e que devem ser
evitadas:
- Idiomas
Na liderança do ranking, a fluência em idiomas,
como inglês e espanhol. Muitos candidatos acreditam que assim vão conseguir
melhores oportunidades. E este é um erro, pois em certos casos, a empresa pode
fazer testes orais durante a entrevista ou, pior, durante o dia a dia de
trabalho esse nível de fluência ser cobrado e não ser entregue.
- Salários
Engana-se quem acredita que dizer que ganha ou ganhou um salário maior pode ser uma boa oportunidade de conseguir esse patamar salarial no futuro emprego. Apesar de ser uma informação que pode ser facilmente checada no momento da admissão, ao solicitar os dados do último registro, é importante que o profissional estabeleça sempre desde o início uma relação de confiança evitando que ela seja abalada por uma informação falsa.
- Habilidades e competências
Competências podem ser colocadas à prova durante
testes ou apresentação de casos práticos no decorrer do processo seletivo até
chegar a entrevista final com a futura liderança, o que colocará o candidato em
uma situação descontável, caso demonstre falta de habilidade em algo que
afirmou ter no início.
- Motivos
da saída do emprego
Não é necessário entrar em detalhes, mas não se
deve mentir sobre a situação ou contexto, a saída de um emprego deve ser
encarada como um processo natural e pode ser motivada por vários fatores que
vão desde contexto econômico, mudança de estratégia da empresa ou falta de
alinhamento com a cultura, entre tantas outras motivações. Essa informação
também poderá ser checada entrando em contato com o vínculo anterior, e a
mentira colocará em risco a oportunidade atual ou futuras. Ética é um valor
inegociável para muitas empresas.
- Cargos
anteriores
Muitos candidatos alteram o nome do cargo sem levar
em conta as atribuições vividas no dia a dia, e essa falta de conhecimento
sobre a atuação na função pode ser facilmente identificada no processo seletivo.
Larissa também alerta que em alguns casos mentir
pode ser considerado crime. Falsificar um diploma, por exemplo, pode levar a
uma demissão por justa causa por ato de improbidade, uma vez que comprovada a
fraude.
*Dados da DNA Outplacement
Luandre Soluções em Recursos
Humanos
Nenhum comentário:
Postar um comentário