A infertilidade é uma doença diagnosticada após 1 ano de tentativas sem sucesso e que pode ter como causa fatores relacionados ao aparelho reprodutor feminino, do masculino ou ambos.
Os fatores
femininos são diversos entre eles alterações hormonais, metabólicas,
nutricionais, fatores ovulatórios e relacionados a idade do óvulo,
endometriose, obstrução das trompas de falópio, alterações anatômicas como
malformações uterinas, pólipos endometriais, miomas e outros tumores. Nos
homens: alterações hormonais, metabólicas e nutricionais, problemas com a
produção de sêmen, causados pelo consumo de drogas e fumo, peso, causas
genéticas e varicocele.
“A infertilidade não é culpa de ninguém, é uma
condição médica que pode ser tratada e gerenciada com ajuda adequada. A
medicina reprodutiva oferece distintos tratamentos eficazes e seguros e é uma
opção para casais que têm dificuldades em engravidar naturalmente e desejam ter
filhos”,
explica a obstetra Dra. Carla Iaconelli, especialista em reprodução humana.
Segundo
dados da Organização Mundial da Saúde, 278 mil casais não conseguem ter filhos
no Brasil, o que representa 15% do total da população brasileira. Dados
recentes da OMS revelam que aproximadamente 17,5% da população adulta - 1 em
cada 6 em todo o mundo – é infértil. Esses estudos indicam que se trata de um
problema de saúde pública, em todas as partes do mundo, sem discriminação
de classes. Por isso, há necessidade de ampliar o acesso aos tratamentos de
alta qualidade as pessoas sem condições.
“Existem
várias alternativas para casais que enfrentam a infertilidade, desde tratamento
de baixa complexidade como a relação em data programada e inseminação
intrauterina (IIU – o sêmen é processado para melhorar a performance e colocado
diretamente no útero da mulher), até de alta tecnologia e sofisticação como a
Fertilização in Vitro (FIV) , que é um dos tratamentos mais conhecidos e
eficazes, envolvendo a coleta de óvulos e espermatozoides. Outras opções
incluem a doação de óvulos, embriões e realização de diagnóstico genético antes
de transferir o embrião para o interior do útero”, explica e especialista em
reprodução humana.
Carla alerta
que o congelamento de óvulos, por exemplo, é uma opção real e assertiva para
mulheres que desejam se preparar para ser mãe no futuro, mas ainda não
decidiram o melhor momento ou a parceria. Já as mulheres que não tiveram a
oportunidade de congelar óvulos e cursam com menopausa, ou que necessitaram
realizar quimioterapia para tratamento de câncer, ou mesmo que perderam os
ovários em alguma cirurgia, podem buscar o sonho da maternidade centros de
Reprodução Assistida, que oferecem todo o processo de ovodoação e ovorecepção.
Algumas clínicas mantêm óvulos e embriões excedentes de outros tratamentos que
foram autorizados para doação.
“As doadoras
não devem conhecer a identidade das receptoras e vice-versa, exceto na doação
de óvulos para parentesco de até 4º grau. A idade limite para doação é de 37
anos. Ser mãe após os 35 anos é absolutamente possível, e muitas mulheres
conseguem ter filhos saudáveis e felizes nesta fase da vida. A maternidade
‘tardia’ pode ter seus desafios, mas também pode ser uma experiência
profundamente gratificante e transformadora, desde que seja com acompanhamento
médico especializado, afinal é tarde para quem?” finaliza Dra. Carla Iaconelli.
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