Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo estão obesas, sendo que mais de 30% delas são crianças ou adolescente
A Organização
Mundial da Saúde (OMS) vê a obesidade como um dos problemas de saúde mais
graves que existem atualmente. Segundo dados publicados pela entidade, mais de
1 bilhão de pessoas no mundo estão obesas, sendo que mais de 30% delas são
crianças ou adolescentes. Estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos estarão
acima do peso até 2025.
“A obesidade é uma
doença crônica que muitas vezes não é tratada como tal. A gente acha que é
simplesmente uma condição, mas é mais do que isso, é uma doença extremamente
preocupante”, diz Maria Teresa Luis Luis, pediatra nutróloga credenciada Omint.
Ainda de acordo com a médica, a obesidade é uma doença multifatorial, que pode
ter colaboração genética ou estar relacionada ao estilo de vida.
Em 2022, de
janeiro a outubro, o Sistema Único de Saúde (SUS) acompanhou mais de 4,4
milhões de adolescentes entre 10 e 19 anos de idade e, desses, quase 1,4 milhão
foram diagnosticados com sobrepeso, obesidade ou obesidade grave. Os dados são
do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde.
Consumo excessivo
de açúcar, gordura saturada, alimentos processados e ultraprocessados, anúncios
de alimentos não saudáveis direcionados a crianças e adolescentes e a falta de
exercícios são alguns dos fatores que preocupam os médicos. “Essa geração está
cada vez mais focada nas telas de celular, computador e televisão ao invés de
se mover, brincar e correr. Muitos estudos mostram que o sedentarismo tem
relação com a obesidade”, comenta a médica.
O
segredo é a prevenção
Para a OMS, a
chave para prevenir a obesidade é agir cedo, idealmente antes mesmo de o bebê
ser concebido. Diante disso, uma boa nutrição na gravidez, seguida de amamentação
exclusiva até os seis meses de idade e continuada até dois anos ou mais, é um
excelente início nutricional para todos os bebês e crianças pequenas.
Embora ter uma
alimentação saudável seja muito importante para prevenir a obesidade na
infância e na adolescência, essa é uma questão que vale para a família inteira.
“Antes de qualquer coisa, a gente tem de educar pelo exemplo, por isso não dá
para dissociar a família desse processo, já que a alimentação é um aprendizado
para a vida”, explica Maria Teresa.
A médica garante
que crianças e adolescentes obesos serão, muito provavelmente, adultos obesos
com sérios riscos de sofrer consequências psicológicas, cardiovasculares,
endócrinas e reprodutivas. “Incentivar a prática de exercícios físicos por,
pelo menos, 60 minutos por dia, contribuir com um sono saudável e limitar o uso
de eletrônicos são apenas algumas dicas de como podemos proteger nossos
jovens”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário