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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Testosterona e Obesidade: Veja a Relação e Tratamentos para Combater Obesidade e Sobrepeso

O mundo de hoje está obeso! Os indivíduos que estão acima do peso já são maioria no Brasil e em grande parte dos países ocidentais. 

A grande oferta de comida industrializada e o desestímulo a prática de atividade física, proporcionado pelo avanço tecnológico, são os pilares mais importantes para o crescimento da obesidade. No entanto, existem outros fatores como a ausência de exercícios e também a relação entre obesidade e testosterona. 

A obesidade afeta homens e mulheres igualmente. Mas você pode se surpreender ao saber que os homens carregam um fardo particular, já que a obesidade afeta especialmente os hormônios masculinos, a sexualidade e a saúde da próstata. A testosterona é o principal hormônio masculino. 

O médico nutrólogo e endocrinologista Dr. Ronan Araujo explica que a gordura visceral está diretamente associada à produção de testosterona e vitalidade, ou seja, as pessoas com uma maior quantidade de gordura visceral, tendem a ter desequilíbrios hormonais e níveis reduzidos de qualidade de vida. 

Dessa forma, é possível perceber que muito obesos apresentam sintomas da deficiência de testosterona, tais como menor resistência física, massa muscular diminuída, desinteresse sexual, ginecomastia (aumento mamário nos homens), redução de pelos e má qualidade do sono, independente da idade em algumas ocasiões. 

Uma das explicações mais plausíveis para este mecanismo, é o aumento da conversão de testosterona em estradiol, processo chamado de aromatização, que acontece de forma eficaz dentro dos adipócitos (células de gordura). 

Tanto a gordura visceral, quanto a gordura subcutânea, estão associadas a alterações do perfil hormonal em homens e mulheres. Enquanto as mulheres obesas, tem excesso de hormônio masculino, os homens obesos ficam recheados de estrógenos (hormônios femininos). 

E não é segredo que a obesidade faz mal à saúde. O Dr. Ronan Araujo comenta que o excesso de gordura corporal aumenta os níveis de colesterol LDL ("ruim") e triglicerídeos, ao mesmo tempo, em que reduz os níveis de colesterol HDL ("bom"). A obesidade prejudica a capacidade de resposta do corpo à insulina, elevando os níveis de açúcar no sangue e insulina. Mas a obesidade faz mais do que produzir números ruins: ela também leva a problemas de saúde, aumentando o risco de ataque cardíaco, derrame, hipertensão, diabetes, cálculos biliares, câncer, osteoartrite, apneia obstrutiva do sono, fígado gorduroso e depressão. Em suma, a obesidade é uma assassina; na verdade, a obesidade e a falta de exercício são responsáveis por cerca de 1.000 mortes diárias, se as tendências atuais continuarem, logo ultrapassarão o tabagismo como as principais causas evitáveis de morte.

A obesidade moderada está relacionada com uma redução significativa da testosterona total devido ao aumento da resistência à insulina ligada à globulina de ligação ao hormônio sexual. A obesidade mais severa também se associa a níveis baixos da testosterona livre em razão da supressão do eixo HPT. A deficiência na testosterona acarreta no aumento de gordura corporal, criando um círculo vicioso de problemas metabólicos. 

“Além de representar desafios sociais e ambientais significativos, a obesidade está associada a uma infinidade de resultados adversos à saúde, incluindo doenças cardiovasculares, apneia do sono, osteoartrite, aumento do risco de certos tipos de câncer e, nos homens, níveis reduzidos de testosterona.” alerta Ronan Araujo. 

Tratamento contra obesidade e reposição hormonal com testosterona

Quando se trata de emagrecimento, é importante analisar todas as áreas para que o processo seja realizado de maneira saudável e efetiva. Envolve desde mudança de hábitos e mentalidade, análise de níveis hormonais, composição corporal e até a compreensão da biologia da obesidade e seu perfil metabólico. Tudo isso precisa ser considerado para que o emagrecimento aconteça da melhor forma.

  

Ronan Licinio de Araujo - formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.


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