No
total, 1530 crianças morrem por afogamento ao ano, sendo essa a principal causa
de óbito entre 1 a 4 anos de idade
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Dados
divulgados no boletim anual da Sociedade
Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), apontam que quatro crianças morrem
afogadas diariamente no Brasil, um total de 1.530 ao ano. O estudo ainda aponta
que o afogamento é a primeira causa de óbito entre os pequenos de 1 a 4 anos; a
segunda entre 5 a 9 anos e terceira causa entre crianças de 10 a 14 anos.
Um fato que chama a atenção no relatório é que 55% das mortes - na faixa de 1 a 9 anos - acontecem em piscinas e espelhos d ' água nas residências ou entorno, o que representa um óbito a cada três dias. A ocorrência de afogamentos durante o lazer na piscina é 2 vezes mais frequente do que a queda acidental. Já os maiores de 10 anos são mais acometidos em águas naturais, como praias, rios e represas.
A
pediatra Fabiana de Cássia Bernieri, que atua no Eco Medical Center, alerta os
pais que as crianças de até 4 anos, têm maior risco de afogamento devido por
possuírem a cabeça mais pesada que o corpo.
"Nesta
idade elas ainda não têm força suficiente e equilíbrio para se levantarem
sozinhas em uma situação de risco. Assim, qualquer queda, mesmo em água rasa,
pode gerar um afogamento”, ressalta a médica. Outro fator que merece atenção,
segundo ela, são crianças que sofrem de epilepsia, o que aumenta de 15% a 19% o
risco de afogamento.
Como
evitar o afogamento infantil
A pediatra Fabiana de Cássia Bernieri explica que é necessário tomar alguns cuidados para evitar risco de afogamento.
"O mais importante é nunca deixar as crianças sozinhas dentro ou próximas da água, por menor que seja o tempo, uma vez que poucos segundos podem ser fatais. Além disso, os pais devem sempre deixar claro que nadar sozinho, sem ninguém por perto, é perigoso", orienta. "Crianças pequenas devem sempre estar de bóias em forma de coletes ou de braços quando estiverem perto da água", completa.
Uma
forma de garantir a segurança no caso de residências com piscinas é instalar
cercas e portões, contendo travas de segurança. "Os pais também devem
evitar deixar objetos coloridos e brinquedos nas piscinas", reforça.
Para
crianças que já possuem melhor capacidade de compreensão, a pediatra ressalta
orientações para evitar brincadeiras como empurrões e evitar pular em outras
pessoas que estão dentro da água.
O que fazer em caso de afogamento
Em caso de afogamento, o recomendado é pedir ajuda para outra
pessoa que esteja próxima ao local, para que ambas possam seguir com o socorro.
O ideal é ligar imediatamente para a ambulância dos bombeiros no 193, caso não
seja possível, deve-se ligar para o SAMU no 192.
Caso a vítima esteja no mar, é necessário fornecer algum
material flutuante para a pessoa, como garrafas de plástico vazias, pranchas de
surf ou materiais de isopor ou de espumas. O correto é tentar realizar o
socorro sem entrar na água. E lembre-se, entrar na água somente se souber
nadar.
Após a pessoa ser retirada da água, é importante verificar a
respiração, durante 10 segundos, observando os movimentos do tórax e escutando
o ar sair pelo nariz. Se estiver respirando, é importante deixar a pessoa
deitada de lado até que os profissionais cheguem no local.
Contudo, se a vítima estiver inconsciente e não estiver
respirando, é recomendado iniciar a massagem cardíaca. No caso de crianças,
deve-se utilizar apenas uma as mãos para fazer a massagem cardíaca,
posicionando sobre o peito da criança, apenas a palma de uma mão, com os dedos
levantados, fazendo 2 compressões por segundo. Já em bebês de até 1 ano, é
recomendado posicionar somente 2 dedos no meio do peito, fazendo de 100 a 120
compressões por minuto.
Consultas
O Eco Medical Center conta com pediatras para atendimentos em tempo integral e outras 30 especialidades médicas. A consulta pode ser agendada pelo site através da central de atendimento (41) 3123-6550 e pelo aplicativo Connectadoc Cuidado Digital. No local é possível realizar exames como ressonância magnética, raio-x, tomgorafia, laboratoriais, Cardiológicos e endoscopia e, possui médicos de diversas especialidades como clínico geral, ortopedia, oncologia, dermatologia, neurologia, cirurgia plástica e cirurgia para a obesidade.
Lucas Vasconcelos
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