Consulta sobre o
caso específico é fundamental para a realização do pagamento correto
A maior parte dos contribuintes faz questão de
manter o pagamento do INSS na data certa para não perder os benefícios da
Previdência Social. Mas há casos em que podem ocorrer atrasos, sob os mais
diversos motivos, e aí bate aquela dúvida: o que fazer? A dica é começar o ano
colocando tudo em dia para evitar transtornos lá na frente.
A advogada especialista em Direito Previdenciário
Isabela Brisola, do escritório Brisola Advocacia, explica que quem pode pagar
as parcelas do INSS em atraso são os contribuintes individuais e os
facultativos. “Cada um deles tem um tipo de forma de pagamento que pode ser
feito, primeiramente, por meio do aplicativo da Previdência ‘Meu INSS’”,
indica.
No caso dos segurados facultativos, eles podem
pagar em atraso se a guia de recolhimento não estiver atrasada por mais de seis
meses. Aí o pagamento pode ser feito pela internet, por meio do site da Receita
Federal. Esses segurados facultativos (em geral, pessoas acima de 16 anos, sem
renda, que contribuem de forma autônoma para a Previdência) não querem ter uma
aposentadoria tardia mesmo possuindo renda fixa, e, dessa forma, fazem o
recolhimento de forma facultativa.
Já os contribuintes individuais podem pagar o INSS
em qualquer tempo. Porém, não é possível emitir o guia da Previdência Social e
pagá-lo. Antes, é necessário verificar e corrigir as contribuições que, por
ventura, estejam erradas e é fundamental comprovar o tempo de trabalho, por
exemplo. “Muita gente comete o equívoco de pagar o INSS sem consultar sobre o
seu caso específico e, às vezes, esse tempo nem é reconhecido na aposentadoria,
pois o pagamento foi feito de forma errada”, destaca Isabela.
A advogada alerta ainda para o fato de que não
basta pagar os meses em atraso para garantir a aposentadoria. É necessário
consultar um especialista para avaliar cada situação do segurado, considerando
o seu histórico de serviços e trabalhos computados na Previdência, além das
comprovações exigidas.
“O ideal é evitar que o segurado perca dinheiro e,
nessa direção, um exame minucioso deve ser feito para a pessoa não sair prejudicada”,
diz.
Portanto, o serviço de pagamento em atraso pode ser
feito tanto nas agências do INSS, com a pessoa indo pessoalmente à Previdência,
ou por meio do portal Meu INSS (https://meu.inss.gov.br/).
O nome do serviço referido é “Atualização de Tempo de Contribuição” e essa
informação, inclusive, é solicitada quando se faz algum pedido de benefício.
Confira os principais documentos que demonstram o
exercício de uma atividade profissional:
- Comprovante de Imposto de Renda (IR);
- Inscrição de profissão na Prefeitura Municipal;
- Microfichas do INSS;
- E outros documentos que podem indicar a profissão
ou demonstrar que a pessoa está trabalhando.
“Com essa documentação em mãos, há grandes chances
de ter o período de trabalho reconhecido. Reconhecido esse vínculo, é possível
calcular o recolhimento em atraso, emitir a guia e realizar o pagamento
corretamente”, finaliza.
Brisola Advocacia Associados
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