Um novo governo também traz consigo mudanças na máquina
pública que afeta diretamente os concurseiros; o advogado Agnaldo
Bastos explica as possíveis mudanças
Novos governos impactam um país como um todo com suas
mudanças. No entanto, um dos setores que mais sofre essa interferência, são os
órgãos públicos, logo, também traz alterações para quem presta concursos
públicos e sonha em conseguir uma vaga. A boa notícia é que os próximos 4 anos
serão mais fáceis para os concurseiros.
Para o governo Lula, é esperado que sejam abertos cerca de
120 editais e até 55 mil vagas, nos mais variados órgãos, como explica Agnaldo Bastos,
advogado especialista em concursos públicos. “São diversos concursos
municipais, estaduais e federais. Dentre os concursos municipais é importante
cada candidato acompanhar no site da Prefeitura do seu município. Quanto aos
concursos estaduais, vários são de polícias militares, polícias civis, polícias
penais e corpo de bombeiros militares. Quanto aos concursos no âmbito da
Administração Pública Federal, temos os seguintes mais importantes: PF
Administrativo, Concurso da PRF, TSE e TRE Unificado, TRF`s, ABIN, DPU, MPU,
AGU”, cita.
A quantidade de concursos está muito relacionada com a forma
na qual o governo lida com o poder público. “O novo governo Lula tende a focar
mais na máquina pública, portanto, ao contrário do governo de Bolsonaro que
visava desinchar a Administração Pública, o novo governo investirá mais na
abertura de concursos públicos federais, seja na Administração Pública direta
ou indireta", explica.
Mudanças do novo governo
As alterações que podem ocorrer nos concursos públicos,
também devem gerar mais concorrência pelas vagas. “Com o enfoque do novo
governo em aumentar a quantidade de concursos públicos e, principalmente, pelo
fato de que na Administração Pública o pagamento de remunerações e salários
tende a ser maior que na iniciativa privada, a concorrência acaba sendo muito
alta. Muitas pessoas que ficaram desempregadas durante o período da pandemia
passaram a se dedicar aos estudos de concursos públicos. Então, o candidato precisa
se diferenciar da concorrência e conseguir melhores notas para conseguir sua
aprovação”, alerta.
Mesmo assim, o momento ainda é de otimismo para os
concurseiros. “Dois fatores são fundamentais para termos certeza que o próximo
ano será melhor para os concurseiros: o novo governo Lula tem uma política
voltada para o aumento de concursos públicos. Muitos concursos ficaram
represados durante a pandemia e somente agora, em 2023, vamos ter o retorno em
peso de vários concursos que eram para acontecer, mas ficaram impedidos de
serem realizados tanto pela pandemia quanto pelas suspensões de prazos de
concursos mais antigos”, indica Agnaldo.
A preparação para os concursos é a mesma
Apesar do aumento das vagas e dos editais, é importante
notar que conseguir passar em um concurso sempre vai requerer muito esforço e
dedicação dos candidatos. “Algumas das maiores dores dos candidatos são: falta
de método de estudo, dificuldade em se concentrar e focar para estudar para um
concurso específico, dúvidas em relação a decisão de qual concurso estudar,
depois que o candidato é aprovado, ainda tem que enfrentar a ansiedade de
esperar sua nomeação e posse”, revela.
Por fim, é essencial também que os candidatos entendam todos
os processos e seus direitos enquanto prestam para algum cargo público. “É
muito importante os candidatos não apenas estudarem para seus concursos, mas
também estarem cientes dos seus direitos como candidatos, pois pode acontecer
de muitos serem aprovados em um certame, e a Administração demorar a convocá-los,
então somente através de uma ação judicial conseguir sua nomeação e posse. Há
também muitas reprovações em concursos que são ilegais e os candidatos podem
recorrer. Muitos acham que a Banca Examinadora é absoluta e não tem como
recorrer de suas decisões, no entanto, muitas atitudes das Bancas são
arbitrárias e os candidatos podem recorrer à Justiça para resguardarem seus
direitos”, finaliza Agnaldo Bastos.
Agnaldo Bastos - advogado, especialista em causas envolvendo
concursos públicos, servidores públicos e militares. É sócio-proprietário do
escritório Agnaldo
Bastos Advocacia Especializada.
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