Sem espaço para falhas, sistema de produção de farinha orgânica atende ao exigente sistema de plantio do trigo, da moagem até a produção de pães
A
produção de alimentos orgânicos vem embasada em um compromisso: a garantia e o
cuidado com a produção e em cumprir o prometido aos clientes de vender um
alimento totalmente orgânico, sem qualquer risco de conter resquícios de
produtos não orgânicos envoltos ao processo.
Em 2021, o número de consumidores de alimentos orgânicos no País cresceu 63%,
de acordo com a pesquisa “Panorama do consumo de orgânicos no Brasil”,
desenvolvida pela Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis) junto à
empresa Brain Inteligência Estratégica e à iniciativa Unir Orgânicos.
A
pesquisa identificou que, em 2021, 31% dos entrevistados consumiu no período de
30 dias pelo menos um produto orgânico. Em comparação aos anos anteriores, esse
número era equivalente a 19% em 2019 e 15% em 2017.
O Grupo Ocrim registrou um crescimento de vendas de farinha orgânica entre os
anos de 2019 e 2021 da ordem de 2,4 vezes comparativamente aos anos de 2017 e
2019. Em comparação ao percentual registrado em 2017 e 2021, houve um aumento
significativo de cerca de 106%.
Considerando
um dos alimentos mais importantes para o brasileiro, o pão, o mercado de
produtos orgânicos também vem crescendo. Mas, como é feita a aplicação da
farinha orgânica e como tem se comportado o mercado, desde a complexidade da
produção do trigo orgânico?
As nuances específicas do setor começam no plantio, na escolha da área e da
certificação de todo o processo produtivo, ou seja, o cuidado vem da base. De
acordo com Jonathas Baerle, Gerente Geral, da Gebana - com sede na cidade
paranaense de Campo Largo, a Cooperativa reúne uma rede de agricultores que
oferece produtos sustentáveis - o sistema de produção orgânico segue um
critério extremamente rigoroso, que não permite falhas. “Somente assim
conseguimos criar um sistema de cultivo orgânico mais complexo e equilibrado,
além de atender a demanda crescente por alimentos orgânicos variados”, destaca.
“Priorizamos a preservação do meio ambiente, produzindo a partir de princípios
agroecológicos que contemplam o uso responsável do solo, da água, do ar e dos
demais recursos naturais, sempre respeitando as relações sociais e culturais”,
explica. Atualmente, cerca de 120 produtores estão cooperados na Gebana e,
assim, ela disponibiliza ao mercado 3,5 mil toneladas de trigo orgânico ao ano.
Sobre as vantagens da produção de trigo orgânico, Jonathas Baerle explica que é
uma ótima planta para rotação de cultura, tem facilidade de manejo e deixa bom
material orgânico para o cultivo de soja no verão. “O mercado está em pleno
crescimento. Nos últimos dois anos, sofreu um pouco devido ao forte aumento da commodity,
mas creio que seguirá crescendo assim como todo setor de orgânico”, diz.
A Gebana é um dos fornecedores de trigo orgânico para o Grupo Ocrim, que produz
a farinha Mirella Orgânica. Com 71 anos de história e pioneira na região Norte,
a empresa detém oito marcas e é uma das principais empresas de moagem de trigo
do Brasil. O presidente do Grupo Ocrim, Amedeo di San Marzano,
detalha que empresa faz investimentos constantes em tecnologia, treinamentos e
programas de qualidade, com o objetivo de atender os diferentes públicos do
Brasil. “A moagem do trigo orgânico exige uma especificidade que vem desde o
campo. Em sua chegada ao moinho, temos que oferecer toda a garantia para não
haver misturas de matérias-primas e, assim, assegurando a credibilidade ao
produto”, salienta.
“É um mercado extremamente exigente. Acredito muito em seu desenvolvimento,
pois reflete amplamente o máximo cuidado na produção para garantir mais uma
opção de saudabilidade e bem-estar para nossos clientes e consumidores”, diz.
Ele destaca que o Grupo Ocrim é um dos pioneiros na produção de farinha
orgânica no Brasil, tendo investido em moinho de pedra especificamente para
esse produto.
Padaria em São Paulo especializada na produção de pães feitos com
farinha orgânica
O resultado final após o plantio e a moagem do trigo orgânico impressiona. É o
que mostra o chef padeiro premiado internacionalmente e proprietário da padaria
“A Fornada”, de São Paulo (SP), Gilson Santos. Sua padaria é especializada em
produção de pães feitos com farinha orgânica. “Utilizamos 14 toneladas de
farinha orgânica por mês, produzindo em média 20 toneladas de pão/mês para
comercialização em lojas localizadas nos Jardins e também no Itaim, em São
Paulo capital”, conta Santos.
“Quando falamos da farinha Mirella orgânica, por exemplo, ela se destaca por
não utilizar agrotóxicos. Ou seja, é um produto com a matéria-prima 100% pura.
Um produto saudável, uma marca que rende de 40 a 50% mais do que as outras desse
mercado”, relata. “É um mercado promissor que tende a crescer. A farinha
Mirella Orgânica nos dá ótimos resultados. Optamos em utilizá-la por ser de um
moinho que nos traz confiança e permite que passemos segurança aos clientes”,
afirma.
Gilson Santos dá uma dica para quem quer iniciar com o trabalho envolvendo a produção de pães com farinha orgânica. “Primeiramente, a pessoa que tem interesse em trabalhar com o trigo orgânico deve estudar o que é orgânico, pois é um mercado exigente, que busca qualidade. Cada trigo tem suas ‘forças’ diferentes e o que muda é a forma de plantio. A maneira orgânica é melhor para saúde, o processo de produção é totalmente natural, sem fertilizantes”, ressalta.
Grupo Ocrim
http://www.ocrim.com.br/
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