Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP) divulga pesquisa inédita sobre o tema, realizada com colaboradores de empresas brasileiras
A falta de Segurança Psicológica está
entre as maiores preocupações de líderes e profissionais de RH no País. É o que
constata pesquisa inédita realizada pelo Instituto Internacional em Segurança
Psicológica (IISP) entre os dias 26 de abril e 7 de dezembro de 2022.
Foram ouvidos 361 colaboradores de empresas brasileiras e 99,2% deles querem
mais informações sobre o tema, embora mais da metade (56,9%) tenha algum
conhecimento sobre o assunto. E a explicação é simples: times que contam com
ambiente seguro para expor ideias ou até suas insatisfações são mais produtivos
e engajados. Resultado: as organizações tornam-se mais lucrativas, competitivas
e inovadoras quando apostam em uma gestão mais consciente e humana.
“Ao contrário do que se pensa, um ambiente psicologicamente
seguro não é um lugar quentinho e gostosinho. É um lugar bastante desafiador,
pois requer que conversas adultas aconteçam para que as decisões possam ganhar
outra amplitude e provocar novas linhas de pensamentos”, explica a psicóloga e
uma das fundadoras da IISP, Patricia Ansarah.
É um ambiente seguro que faz com que as
equipes sejam mais ousadas para arriscar e inovar, porque não temem represálias
ao apresentar ideias, inseguranças, menos ainda discordar de alguma decisão já
estabelecida ou confrontar pares e superiores, acrescenta a também psicóloga e
fundadora do Instituto, Veruska Galvão.
“Empresas preparadas para isso são empresas corajosas, que
entenderam que para se manterem competitivas e relevantes no mercado, precisam
desafiar o modelo de operação atual para gerarem novas formas de fazer negócio,
por meio de relações saudáveis”, comenta Veruska.
E nem pense que implantar um ambiente psicologicamente
seguro é algo exclusivo de grandes corporações. Qualquer empresa que queira se
manter no mercado de forma saudável e sustentável deve aprender a estabelecer a
Segurança Psicológica na prática. Mas 74,2% dos entrevistados afirmam que suas
organizações nunca desenvolveram qualquer projeto com foco em Segurança
Psicológica.
“Um programa de segurança psicológica começa com os membros
da equipe estabelecendo seus indicadores de sucesso, o que inclui a
positividade das relações e o resultado desejado por todos. Tomar consciência
dos fatores que estão impedindo aquele time de alcançar todo o seu potencial
criativo é o primeiro passo”, esclarece Patricia.
Para quem acha que atuar nesse cenário é algo complicado,
uma boa notícia: a pesquisa revela que 52,8% dos entrevistados se consideram
aptos a desenvolver soluções de Segurança Psicológica e isso é muito bom porque
deve ser um movimento coletivo.
“Uma empresa que se propõe a trabalhar com o modelo da
segurança psicológica se destaca diante de outras porque consegue inovar,
buscar soluções diferentes em meio a crises. É ainda uma empresa que promove
uma dinâmica onde as pessoas aprendem umas com as outras, estão engajadas e
desejam contribuir para gerar impacto no negócio”, diz Patricia.
Quem quiser saber mais e ter insights pode conferir o site
do IISP, que dispõe de muito conteúdo para você ficar por dentro do tema.
“Disponibilizamos muitas informações em artigos traduzidos, vídeos, webinars,
podcast, entrevistas etc. Como instituto, fazemos a curadoria dos conteúdos e
atuamos de forma cuidadosa para oferecer materiais atualizados”, informa
Veruska. Ela lembra também que o IISP oferece a única certificação
internacional em segurança psicológica do Brasil para quem quer atuar com o
tema dentro das organizações.
Segundo Patricia, o modelo da segurança é simples, mas
implica em reorganizar a dinâmica das relações frente à estratégia do negócio e
é possível mensurar. Com indicadores claros, revisão dos acordos de
funcionamento e preparação da liderança, as empresas conseguem avaliar como
estão indo nesse processo.
“Uma outra forma é utilizar o assessment que mede o nível de
segurança psicológica dentro dos times, que o IISP trouxe com exclusividade
para o Brasil. Esta ferramenta revela quais são os padrões de comportamentos
disfuncionais e o que precisa ser feito de forma mais assertiva”, acrescenta
Patricia.
Outro lado da moeda
Falta de ferramentas e desconfiança de times e colaboradores
foram listados no levantamento como os principais desafios para se implementar
Segurança Psicológica em uma empresa. Aliás, a liderança tem papel fundamental
nessa jornada. Líderes que dão exemplo de vulnerabilidade, que dizem que não
sabem, quando não estão num dia bom ou quando estão com problemas pessoais,
abrem as portas para criar relações de confiança mútua e espaços
psicologicamente seguros.
De acordo com as especialistas, criar práticas de gestão que
estimulem a contribuição de todos da equipe, fazendo mais perguntas, dando
menos respostas para estimular o senso de pertencimento e valorizando as
ideias, aumentam o nível de contribuição e conexão. Também cria vínculos
mais significativos a um propósito maior e comum, além de diálogos mais
produtivos para tomar decisões ágeis e inteligentes.
“As empresas precisam começar a entender que a sobrevivência
do negócio depende da saúde emocional dos seus colaboradores. E um primeiro
passo é responsabilizar a liderança pelos indicadores relacionados à saúde das
pessoas e clima no time, e não só pelos resultados financeiros”, finaliza
Veruska.
Patricia Ansarah - fundadora do Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP), master trainer e especialista em Segurança Psicológica em Times. Com certificação internacional em Coaching & Action Learning e em modelagem de cultura. Facilitadora de aprendizagem de grupos e desenvolvimento de liderança com mais de 20 anos atuando em RH com experiência executiva em grandes empresas como Colgate-Palmolive, McDonalds, J&J, Latam Airlines e Serasa Experian.
Veruska Galvão - É fundadora do Instituto Internacional em
Segurança Psicológica (IISP), master trainer e especialista em Segurança
Psicológica em Times. Psicóloga especialista em relacionamentos humanos nas
organizações, com certificação internacional em Coaching e em modelagem de
cultura e pós MBA em docência empresarial e liderança. Ao todo 20 anos atuando
com desenvolvimento de liderança e cultura organizacional em grandes empresas
como Manpower, Hertz e Coca-Cola FEMSA.
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