Existem impostos,
taxas e despesas que precisam ser observados pelo empreendedor que deseja
exportar
Um dos principais objetivos do empreendedor, especialmente
o industrial, é vender seus produtos para fora das fronteiras do Brasil.
Contudo, ele precisa considerar custos adicionais, além dos já previstos para a
produção, ao decidir exportar para outros países.
Primeiramente, o empreendedor precisa destinar um
lote específico para a venda externa, que vai precisar ser armazenado. Helmuth
Hofstatter, CEO da Logcomex, empresa
que oferece tecnologia para o comércio exterior, por meio de uma plataforma
completa end-to-end, que ajuda gestores a planejar, monitorar e
automatizar o seu supply chain global, ressalta que o exportador precisa saber
diferenciar armazenagem de estocagem. “A armazenagem, muitas vezes, pode ser
considerada a vilã da operação, podendo superar o custo da própria mercadoria”,
alerta o executivo.
O estoque ou estocagem se refere ao produto, no
aspecto de quantidade e disponibilidade. “Assim, quanto mais tempo um produto
fica estocado, menos ele tende a valer. Daí vem a famosa expressão ‘estoque parado
é dinheiro parado”, conceitua Helmuth.
Em contrapartida, a armazenagem diz respeito
ao espaço necessário para guardar o produto. “Na prática, significa que o
espaço deve dispor de temperatura ideal, ter grandes dimensões e oferecer
locais para produtos inflamáveis ou perecíveis. São conceitos correlatos, mas
com diferentes objetivos”, sinaliza o CEO da Logcomex.
Segundo Helmuth, de modo geral, o valor total
da armazenagem varia conforme a quantidade de dias que a carga fica armazenada
e do modal utilizado, sendo que a maioria dos terminais utilizados para
armazenagem são privados, não havendo um padrão ou uma tabela de custos
aplicada a todos os portos e aeroportos.
Como as cargas a granel representam mais da metade
da movimentação nos portos, a base de cálculo é o valor CIF (Cost,
Insurance and Freight — Custo, Seguro e Frete) da mercadoria e
é cobrado dos proprietários da carga. “Por isso, a dica é consultar a tabela
dos custos de armazenagem por estado”, recomenda Helmuth.
Outro ponto a ser considerado pelo exportador, de
acordo com o CEO da Logcomex, é o tempo
de armazenagem. O prazo acordado previamente consta no booking e
é denominado Free Time, tempo pelo qual o importador pode ficar com o
equipamento sem pagar por essa taxa — que pode variar de 5 a 30 dias. Portanto,
cabe ao importador negociar com o terminal e o armador.
Quando o tempo de armazenagem excede o previsto
acordado no booking, ocorre a demurrage ou sobre-estadia. Diferente
da armazenagem, o cálculo da demurrage é diário e começa a partir da
data seguinte à chegada no porto de destino até a data da devolução do
contêiner. O custo pode variar entre US$ 75 e US$ 460 dólares por contêiner. No
caso de afretamento de navio pode superar US$ 20 mil a diária.
Para reduzir os custos com armazenagem, o CEO da
Logcomex recomenda procurar um agente de carga que já tenha uma
tabela negociada com terminais específicos. “Para cargas no modal marítimo, na
hipótese de mercadorias que tendem a demorar para serem liberadas, uma saída é
a remoção da carga para uma zona secundária”, indica.
Antes do exportador enviar a carga, o importador
deve ter a ciência de todos os possíveis custos do embarque. Até porque sem o
pagamento dos tributos o despacho não é iniciado. São cinco tributos
federais cobrados do importador: Imposto de Importação, IPI, PIS, COFINS e TUS
– Taxa de Utilização do Siscomex, além do ICMS estadual e, quando o transporte
é marítimo, há a cobrança do AFRMM – Adicional ao Frete para Renovação da
Marinha Mercante.
Frete internacional
Além dos custos com transporte dos produtos da
empresa até o terminal de cargas, o empreendedor também precisa calcular e
considerar o custo do frete internacional, um dos principais fatores de sucesso
de uma operação de importação ou exportação, sendo essencial seu
conhecimento para qualquer profissional de comércio exterior. “Quando se fala,
principalmente, do frete marítimo, principal modal utilizado no
Brasil, a situação se torna ainda mais importante”, pontua Hofstatter.
Segundo o executivo, o frete aéreo custa até 10
vezes mais do que o marítimo para o mesmo item. Por
outro lado, no transporte marítimo, é preciso ter tempo hábil para receber
a carga que, dependendo da origem, pode ter um lead time de
mais de dois meses.
O frete internacional marítimo é composto de alguns
valores, que podem ser o frete por si só (ocean freight), combustível (bunker)
e taxas de alta temporada (peak season). “Com a crise do
transporte marítimo e a pandemia de coronavírus, o frete ultrapassou
os US$ 14 mil”, adverte Helmuth.
Para facilitar a vida do exportador, a Logcomex tem
em sua plataforma de Big Data, uma solução específica para
cálculo de frete marítimo. Basta acessar o Logcomex Freight Search e
aplicar os filtros para a busca, incluindo o período da pesquisa, tipos de
embarque e de contêiner, porto de origem e de destino e formas de pagamento,
podendo acessar estatísticas atualizadas para analisar
as variações nos preços de frete para contêineres de 20 e 40
pés.
Dessa forma, o exportador tem um panorama
completo e atualizado sobre os valores de frete internacional das importações
marítimas do Brasil.
Logcomex
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