43% dos brasileiros afirmam que não sentem que são bons o bastante em suas funções, aponta estudo do LinkedIn
7 a cada 10 pessoas sofrem ao menos uma vez ao longo da vida de Síndrome do Impostor, aponta o estudo The Impostor Phenomenon (Imagem: Unsplash)
A síndrome do impostor se caracteriza pelo medo de ser descoberto
como uma fraude, principalmente quando se tem uma lista de conquistas por
mérito próprio. Entre os sintomas da síndrome, pode-se encontrar sentimentos de
incompetências, ansiedade, esgotamento físico e emocional, auto exigência,
busca pelo perfeccionismo, entre outros.
De acordo com o estudo The Impostor Phenomenon realizado pela universidade Dominicana da Califórnia, a síndrome afeta 70% das pessoas em algum momento no ambiente de trabalho, sendo que 7 a cada 10 sofrem ao menos uma vez ao longo da vida.
No começo do ano, com a busca por novas metas e período de volta às aulas, os estudantes são propensos a desenvolverem a síndrome e questionarem suas conquistas. Outro momento em que a síndrome pode se manifestar, é nas tomadas de decisões importantes, como: em qual universidade cursar e qual carreira seguir, isso porque, é um momento de exposição e decisão de futuro
“Para não se sabotar, é importante que a pessoa tenha um preparo emocional reforçado, que se dá principalmente durante os anos iniciais da vida. É nesta fase que criamos as nossas barreiras e distinguimos o que gostamos ou não, do que é bom e o que é mau, o que nos pertence, e o que é da responsabilidade do outro e nossa. Mas, mesmo assim, estamos sujeitos à síndrome e, quando ela nos acomete, devemos agir para que não se torne algo mais grave como depressão, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), ansiedade generalizada, entre outros” explica Juliana Frigerio, Diretora Acadêmica da WorldEd School.
Segundo o estudo do LinkedIn, 43% dos brasileiros participantes afirmam que não sentem que são bons o bastante em suas funções, número superior encontrado em países, como: Itália (34%), França (36%), México (38%), Alemanha (39%) e Espanha (41%). Ainda, quase metade dos profissionais (49%) afirmam que a pandemia afetou negativamente a confiança no trabalho e uma das explicações é a síndrome do impostor.
Nesse ínterim, a Diretora da WorldEd
School, Juliana Frigerio, separou 4 conselhos de
como aliviar os sintomas de fraude para ter um bom começo de ano:
- Faça uma lista ao longo do ano das suas conquistas: anote como conseguiu e o que teve que passar para conseguir,
assim, sempre que estiver inseguro, terá um lugar que atesta que você
lutou por isso;
- Converse com alguém de sua confiança: seja um psicólogo, um familiar, um amigo ou um professor, ter
alguém para ouvi-lo ajuda a clarear a mente e tirar eventuais dúvidas;
- A tutoria de alunos mais novos: pode ajudar a reduzir sentimentos de indignidade, pois
colocamos em prática o que dominamos e nos afirmamos ao compartilharmos o
conhecimento;
- Crie uma rotina e cumpra-a para evitar o esgotamento físico: é importante listar horários de lazer, alimentação e
trabalho, isso nos torna mais eficientes e procrastinar menos.
“O processo pelo qual o aluno passa em sua vida escolar de
sucessos e frustrações é o que garante a estabilidade emocional em sua vida
adulta. É através dos projetos, do trabalho em grupo e da gestão da sua vida
escolar que o aluno desenvolve soft skills como a resolução de problemas, a
tomada de decisões e a gestão do stress. É fundamental que a escola inclua em
seu projeto pedagógico as ferramentas para que o aluno identifique os caminhos
percorridos rumo ao sucesso, aprendendo nas frustrações, para evitar que se
sinta desmerecedor de suas conquistas. Portanto, desenvolver resiliência e compreender
o caminho percorrido faz com que o aluno se sinta mais seguro na hora de tomar
decisões e confie em si mesmo. Com cada conquista e cada frustração, os alunos
estão construindo uma base sólida para uma vida adulta mais equilibrada
mentalmente e segura”, finaliza Frigerio.
WorldEd School
wk12.org/why-worlded-school/
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