Atrair e reter profissionais da geração Z está cada
vez mais difícil. Extremamente seletivos e criteriosos, oferecer uma boa
remuneração já não se mostra suficiente para esses jovens – conquistados, ao
invés disso, por uma companhia que tenha uma cultura e ambiente de trabalho
alinhados aos seus valores pessoais. Na tentativa constante de conciliar esses
interesses, os programas de treinamento se mostram como uma das ações mais
eficazes para garantir a satisfação dos zillennials na companhia e, os
incentivá-los a crescer e prosperar junto com o negócio.
Representados por aqueles que nasceram entre 1993 e
1998, a geração Z já representa uma boa quantia da força de trabalho em
diversos países e, ainda, da população mundial – totalizando cerca de 31%,
segundo dados de um estudo conduzido pela Organização das Nações Unidas. Mesmo
conquistando cada vez mais protagonismo, os empecilhos para fazer com que se
sintam realizados em uma oportunidade profissional ainda são grandes.
Cerca de 53% desses profissionais estão
insatisfeitos com as oportunidades do mercado, de acordo com um relatório
divulgado pela seguradora MetLife. Como justificativa desse volume, muitas empresas
ainda focam apenas em oferecer altos salários a seus trabalhadores – enquanto,
para a Geração Z, se torna muito mais valioso entrar para uma companhia que se
preocupe com fatores ambientais, éticos, de inclusão, de preocupação à saúde
mental e, que ofereça a possibilidade de equilibrar a vida laboral e pessoal.
Vagas que proporcionam uma rotina que incentive o
crescimento profissional e a possibilidade de se desenvolver, são completamente
atrativas para os zillennials. Diante de profissionais altamente criativos,
empenhados e multitarefas, é essencial garantir que se sintam parte de um
propósito muito maior dentro da empresa. Felizmente, muitos programas de
treinamento e capacitação são capazes de conquistar esse objetivo.
Mesmo diante de cursos de graduação excepcionais
disponíveis, muitos jovens estão chegando ao mercado de trabalho completamente
desalinhados frente às necessidades corporativas. Grandes habilidades
tecnológicas e de agilidade em processos estão presentes nos zillennials – mas,
o entendimento apropriado das relações humanas para o andamento de projetos
assertivos, são características falhas em sua grande maioria.
A incapacidade em lidar com conflitos, pressões,
exigências e funções intensas corriqueiras em diversas companhias, faz com que
muitos desses profissionais não consigam administrar esses fatores e, troquem
constantemente de empregos em sua jornada. Por isso, é importante que a
organização assuma um papel de educador para a Geração Z, por meio de
estratégias de ensinamento que incluam desde o on boarding desse
profissional, até seu dia a dia na empresa.
Como regra geral, a metodologia aplicada nestes
treinamentos deve sempre trazer a importância de suas funções para o
crescimento da companhia. Mas, diferentemente da geração Y e dos baby
boomers, que conseguem absorver o conteúdo ofertado com qualidade
por meio de aulas extensas e expositivas, os zillennials, certamente,
apresentarão melhores resultados por meio das famosas pílulas de conhecimento.
Ou seja, vídeos curtos, de no máximo 30 minutos, exibidos com uma maior
periodicidade.
Se tratando do conteúdo em si, é essencial criar um
material didático que inclua todos os pontos importantes para uma ética de
trabalho – desde como se vestir adequadamente, qual a cultura da empresa e o
que é esperado dele, até quais as perspectivas a curto, médio e longo prazo.
Mas, o sucesso do aprendizado de todos esses pontos dependerá,
obrigatoriamente, de uma boa liderança por trás.
Os líderes responsáveis por esses treinamentos
devem desenvolver um poder empático e de não julgamentos, diante de imensas
diferenças de hábitos, perfis e opiniões que, certamente, existirão entre esses
profissionais. É preciso criar uma condição voltada para essa cultura mais
jovem e saber como engajá-los, atuando como verdadeiros mentores nesse
desenvolvimento.
Um bom currículo não é mais sinônimo ou segurança
de contratar um profissional qualificado para o seu negócio. Diante de uma
geração extremamente exigente por princípios completos, é papel das empresas
lapidar esses jovens e oferecer a devida orientação pedagógica para seu
desenvolvimento corporativo. Quando conduzidos, ainda, por gestores preparados
para treinar e capacitar esses perfis, o caminho de prosperidade certamente
será mais virtuoso – com menos rotatividade e desgaste para todos.
Pollyana Guimarães - idealizadora da
Evoluzi, empresa de curadoria de treinamentos corporativos.
Evoluzi
Nenhum comentário:
Postar um comentário