Conservador, moderado ou arrojado, especialista explica no que a definição do perfil implica na hora de investir
Segundo a pesquisa Raio X
do Investidor, realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais (Anbima), um terço dos brasileiros faz algum tipo de
investimento em produtos financeiros, com destaque para a poupança. Outros
produtos, menos convencionais, também começam a ganhar força, como títulos
públicos, ações, títulos privados e criptomoedas. Os fundos de investimento,
por exemplo, já são escolhidos por 3% da população, com ênfase nas classes A e
B.
Mas é justamente na hora
de diversificar os investimentos que surgem as dúvidas. O levantamento revelou
que quase 70% dos entrevistados não sabem a razão pela qual escolheram onde
investir. Contudo, uma ferramenta obrigatoriamente disponibilizada por bancos e
corretoras pode ajudar nesse direcionamento. O “perfil de investidor”, também
conhecido como suitability,
é uma análise feita a partir de um questionário e indica se o respondente é um
perfil de investidor conservador, moderado ou arrojado.
“Essa análise permite
entender o quanto o investidor é tolerante ao risco, seu grau de conhecimento
do mercado, objetivos, entre outros aspectos que facilitam a definição de
estratégias e as escolhas entre diferentes possibilidades de investimento. Por
isso, é fundamental ser bastante sincero ao responder o questionário e seguir
as recomendações apresentadas no resultado”, esclarece Lucas Dezordi,
economista-chefe da gestora de investimentos TM3 Capital e líder da equipe de
Asset Management da empresa.
O economista explica ainda
que o perfil do investidor pode mudar com o tempo, conforme ele ganha
maturidade. Além disso, as metas também podem sofrer mudanças. “Normalmente,
pessoas mais jovens têm maior propensão a aceitarem riscos e aplicarem em
ativos mais voláteis. Ao longo do tempo, contudo, os investidores podem deixar
de ser arrojados e passar a ser conservadores, com o objetivo de manter o
patrimônio”.
As características e recomendações para cada perfil:
Conservador - perfil ligado a um
investidor mais sensível a perdas e que tenha necessidade de utilizar o recurso
em um prazo mais curto de tempo. Para esse perfil, são recomendados títulos
públicos de curto prazo, Fundos DI, Caderneta de Poupança e CDBs.
Moderado - aceita um maior nível de
risco e volatilidade e sente-se confortável diversificando os investimentos.
Títulos públicos de curto e longo prazos, Fundos DI, Fundos Multimercados e uma
parcela menor em Fundo de Ações normalmente são as recomendações.
Arrojado - aceita maior volatilidade
e busca ganhos acima das métricas de mercado (benchmarks). Com isso, busca alocar capital
em ativos com maior probabilidade de alta, no longo prazo. Ou seja, não precisa
do recurso no curto prazo. Para quem tem essas características, normalmente
Fundos Multimercados, Fundo de Ações e Fundo Cambial são boas opções.
Esses
são os três perfis básicos. Entretanto, é possível classificar um investidor
como muito arrojado, o qual utiliza alavancagens e instrumentos financeiros
mais voláteis, ou até mesmo como ultraconservador, que investe apenas em renda
fixa de alta liquidez.
TM3 Asset
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