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Cerca de 30% dos brasileiros possuem alguma alergia
respiratória, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).
O problema, que prejudica a qualidade de vida, é marcado por sintomas incômodos
como congestão nasal, coriza, chiado no peito, tosse seca e falta de ar, entre
outros.
A Dra. Cristiane Passos Dias Levy,
otorrinolaringologista do Hospital Paulista, alerta à importância de prevenir a
alergia respiratória.
Segundo a Organização Mundial da Alergia, a rinite
atinge entre 30% e 40% da população global, enquanto a asma é considerada um
grande problema de saúde no mundo. Levantamento realizado pelo Ministério da
Saúde indica que mais de 20 milhões de brasileiros são asmáticos.
Dra. Cristiane afirma que a alergia respiratória é
uma resposta aumentada do sistema imune a substâncias alérgenas, destacando os
inalantes como os mais comuns. “Eles penetram no organismo através das vias
aéreas. Entre os principais causadores estão ácaros, poeiras, fungos, pelos de
animais e pólens das flores.”
Assim como em grande parte das patologias, as
crianças têm uma predisposição maior a desenvolver algum tipo de alergia. No
entanto, pessoas com antecedentes familiares e adultos não estão livres da
doença.
Rinite
Considerada pelo Ministério da Saúde a doença de
maior prevalência entre as respiratórias, a rinite é caracterizada pela
inflamação da mucosa nasal, que reproduz uma resposta exagerada do sistema
imunológico a determinadas substâncias.
Obstrução nasal, rinorreia aquosa (coriza),
espirros frequentes e prurido nasal ou ocular estão entre os principais
sintomas do problema.
Asma
Identificada por chiados no peito, tosse seca e
falta de ar, a asma é definida como uma doença respiratória crônica,
caracterizada pela inflamação das vias aéreas, obstrução ao fluxo de ar e hiper
responsividade brônquica -- uma sensibilidade que determina uma exagerada
capacidade de reagir a certas substâncias as quais o paciente é alérgico --,
levando a episódios recorrentes.
“Só no Brasil, a doença afeta aproximadamente 20%
das crianças e adolescentes”, ressalta a especialista.
Conforme Dra. Cristiane, a asma pode ser ou não
alérgica, sendo mais comum a desencadeada por alérgenos inalantes.
Imunoterapia
Para tratar a alergia respiratória corretamente, é
necessário que um médico alergologista estude a causa e indique o uso de
medicamentos específicos para o problema. Entre as opções de tratamento está a
imunoterapia específica, realizada com base em uma vacina de agentes alérgenos.
“Ela eleva a imunidade do indivíduo, para que este
apresente menor sensibilidade a estas substâncias”, afirma a médica.
A terapia consiste em administrar diversas doses,
gradativas e cada vez mais concentradas, dos extratos das substâncias que
causam alergia, administrados em intervalos regulares e durante um determinado
tempo, podendo variar de um a cinco anos, até o paciente criar resistência ao
causador de sua alergia.
“O tratamento atua no sistema imunológico,
conduzindo tolerância aos alérgenos e reduzindo os sintomas e a necessidade do
uso de medicamentos. Ele permanece como o único capaz de modificar a doença
alérgica, proporcionando benefícios duradouros após a sua descontinuação”,
destaca Dra. Cristiane.
Os demais tratamentos se baseiam na redução dos
sintomas, aumentando a qualidade de vida do paciente, como a lavagem nasal com
soluções salinas, que tem sido empregada como coadjuvante no tratamento de
afecções nasais agudas e crônicas.
“Por ser um método barato, prático e bem tolerado,
tornou-se muito difundido. O uso destas soluções facilita a remoção de
secreções e promove o auxílio no alívio dos sintomas dos pacientes”, reitera.
A especialista finaliza alertando que, tanto para
rinite como para asma, os cuidados básicos são manter o ambiente doméstico
limpo para não acumular poeira e ácaros e beber bastante água, inclusive em
dias mais frios.
Hospital Paulista de
Otorrinolaringologia
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