Edjane Madza Tosse, espirro e secreção nasal são alguns dos sinais clínicos da rinotraqueíte felina, doença que pode afetar os gatos em qualquer estação do ano |
Com a queda nas
temperaturas, aumentam os riscos de doenças respiratórias e pioram quadros de
doenças já existentes
Assim como os humanos, cães e gatos também têm a
saúde afetada pelas temperaturas mais baixas. Por isso, as dicas sobre uso de
roupinhas, caminhas e casinhas mais quentes e protegidas e cuidados com banho e
tosa são indispensáveis, afinal ninguém quer ver seu animalzinho adoecer. No
entanto, algumas dúvidas frequentes podem prejudicar a saúde e o tratamento
adequado dos pets.
A médica veterinária e consultora da rede de
farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade, esclarece
alguns mitos e verdades sobre os cuidados com os pets no inverno:
Os cães só contraem a gripe canina no inverno -
MITO
A traqueobronquite infecciosa, popularmente
conhecida como gripe canina, é causada pela bactéria Bordetella bronchiseptica
e o vírus da parainfluenza A. Os sinais clínicos nos cães são muito
parecidos com as manifestações em humanos: tosse, espirros, febre, secreção
nasal e olhos lacrimejantes. Engasgos também podem ocorrer, deixando os cães
bastante desconfortáveis. Já os gatos podem ser acometidos pela rinotraqueíte
felina, com sintomas semelhantes e causada pelo Herpesvírus felino tipo 1 ou
FeHV-1.
“Por se tratarem de doenças virais, são
autolimitantes, porém contagiosas e podem passar de um animal para o outro por
gotículas de ar ou restos de secreções no solo, em comedouros e bebedouros. Por
isso, a prevenção e a alta imunidade são determinantes”, explica a veterinária.
Clima frio, períodos chuvosos e mudanças bruscas de temperaturas afetam
diretamente as defesas do organismo dos animais, por isso os riscos de contrair
a traqueobronquite infecciosa e a rinotraqueíte felina tendem a ser maiores
nesses períodos, mas o risco, na verdade, está presente em qualquer estação.
A melhor forma de prevenção é a vacinação, que deve
ser feita anualmente, além da qualidade dos cuidados rotineiros, respeitando a
idade e a condição de saúde de cada animal.
Doenças articulares pioram no inverno – VERDADE
Com o frio, o organismo dos animais faz a
vasoconstrição (redução do tamanho do vaso sanguíneo) aumentando a densidade e
o acúmulo de líquido nas articulações, reduzindo a circulação de oxigênio pelos
tecidos e aumentando a produção de ácido lático no corpo. Tudo isso gera ainda
mais dor em animais com fraturas ou que tenham quadros de artrites, artroses ou
alguma doença osteoarticular crônica, mais comuns em animais idosos e de grande
porte.
A veterinária orienta manter os animais em
ambientes aquecidos, evitar caminhadas em pisos escorregadios ou instáveis e
ficar atento ao peso dos pets. “Animais com sobrepeso têm mais tendência a
doenças articulares por causa da sobrecarga articular, principalmente nos
joelhos e cotovelos. Já quando os animais escorregam ao se levantar e enquanto
caminham ou correm, as articulações sofrem ainda mais”, explica. O
acompanhamento veterinário e o tratamento contínuo são fundamentais para
animais com quadros de doenças articulares. Já a prevenção e a complementação
do tratamento com suplementos podem fazer uma grande diferença: “O uso do
UC-II, ou colágeno tipo dois, é indicado para os animais com doenças
articulares, pois desacelera a destruição articular e reduz os quadros de
inflamação”, comenta Farah.
Vitaminas e suplementos ajudam a prevenir doenças
de inverno – VERDADE
Vitaminas e nutracêuticos colaboram muito para a
imunidade dos pets e atuam como antioxidantes, o que ajuda a evitar
enfermidades e a melhorar quadros já instalados de doenças infecciosas e
processos inflamatórios.
Além do UC-II, outro nutracêutico que se destaca no
tratamento de doenças articulares é o açafrão-da-terra, ou cúrcuma, por ter
propriedade anti-inflamatória, que reduz a dor causada pela artrite e estimula
a imunidade. Já a condroitina protege a cartilagem e a glucosamina tem o poder
de fortalecer o tecido cartilaginoso lesado.
A tão conhecida Vitamina D também colabora com a
imunidade dos cães e gatos e as betaglucanas têm efeito anti-inflamatório,
imunomodulador e antioxidante no organismo dos pets. A veterinária lembra que,
apesar de serem suplementos naturais, nutracêuticos e vitaminas devem ser
prescritos pelo médico veterinário, pois somente esse profissional poderá
indicar a dosagem e a posologia adequadas a cada animal.
A pele dos animais não precisa de cuidados extras
no inverno – MITO
Apesar da proteção da pelagem, a pele dos pets
sofre com as temperaturas extremas, clima seco ou úmido demais e a agressão
causada pela água quente dos banhos. Além disso, o uso de roupinhas, embora
proteja os animais do frio, pode causar danos à pele caso não seja feita a
troca periódica para evitar o acúmulo de sujeiras, pelos embolados e umidade.
Pets com pele sensível e atópicos, também acabam sofrendo mais nesse período.
A indicação é investir em shampoo, condicionador,
leave-in e banho seco com ativos hidratantes. A administração de ômega 3 e uso
de shampoos medicamentosos com bases emolientes também podem ser receitados
pelo veterinário. “Ao retornar dos passeios sempre é indicado higienizar as
patas com produtos próprios para pets, como lenços umedecidos que possuam ação
protetora para a pele. A aplicação diária de hidratante de patinhas também vai
proteger a pele dos coxins, focinhos e cotovelos de ressecamento e fissuras”,
esclarece Farah.
Medicamentos que combatem os sintomas da gripe em
humanos podem ser administrados nos pets – MITO
Neste quesito a especialista faz um importante
alerta: “Nunca medique seu animal de estimação sem consultar um veterinário. O
organismo de cães e gatos responde de maneira totalmente diferente: remédios
para humanos, podem causar sérios danos e até levar animais a óbito”. O ácido
acetilsalicílico, por exemplo, que é facilmente metabolizado pelo organismo
humano, pode causar falência hepática em felinos e gastroenterite hemorrágica
em cães. Cães e gatos também não possuem enzimas necessárias para metabolizar o
ibuprofeno, o que pode causar úlceras, danos nos rins e ser fatal, dependendo
da dosagem e sensibilidade do animal.
A lista de medicamentos proibidos é extensa, por
isso, a consulta veterinária é fundamental. “Além das particularidades do
organismo dos pets, o médico veterinário geralmente já conhece o histórico do
paciente e vai receitar o tratamento mais adequado ao seu quadro de saúde, com
a dosagem específica para a espécie e o peso do animalzinho”, reforça Farah.
Outro ponto importante é a adesão do animal ao tratamento. Nem sempre o pet aceita o medicamento com facilidade por não estar acostumado ou pelo mal-estar causado pela doença, o que pode causar estresse e também comprometer os resultados, caso o bichinho não faça a ingestão correta do medicamento. A manipulação de medicamentos veterinários com sabores e formas farmacêuticas diferenciadas é uma alternativa para tornar o tratamento mais agradável e prazeroso para o pet. “Um medicamento em forma de molho sabor frango, por exemplo, vai estimular o pet e melhorar a adesão ao tratamento”, comenta a veterinária.
DrogaVET
Mais informações estão disponíveis no site: www.amoranimalcaramelo.com.br.
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