Segundo uma pesquisa divulgada pelo Serasa Experian, o setor de cartões e bancos é o responsável pela maior parte das dívidas: 28,2% no total
Tanto que, segundo os dados da pesquisa, o setor de
cartões e bancos é o responsável pela maior parte das dívidas: 28,2% no total. “De fato, o
cartão de crédito acaba sendo uma forma prática de pagar as despesas, mas é
necessário cuidado e cautela ao utilizar esse recurso, caso contrário, pode
acabar se tornando uma bola de neve e a pessoa acaba ficando com várias
dívidas”, explica o educador financeiro Tiago Cespe,
criador da Cespe Educação Financeira.
Mesmo com dívidas acumuladas, é importante um
planejamento estratégico de organização de modo a evitar o acúmulo de mais
dividas e, de maneira gradual, quitar as já existentes. Para tanto, Tiago
Cespe dá algumas dicas de como fazer seu cartão
trabalhar a seu favor:
Criar um planejamento financeiro
Em qualquer situação, manter um planejamento
financeiro e uma reserva de emergência é muito importante para a saúde de suas
finanças. Seja na aquisição de um bem de maior valor, no planejamento das
férias da família ou no pagamento de dívidas acumuladas, se planejar bem é de
vital importância para atingir seus objetivos financeiros. Com um planejamento
bem organizado e estruturado, não existe a possibilidade de
comprometer suas finanças pessoais.
“O planejamento financeiro é uma ferramenta
poderosa de estar sempre no controle da situação. Muitas dívidas se acumulam na
perda desse controle, quando muitos só vão se dar conta do que gastaram ao
receberem a fatura, por isso é importante lembrar que cartão de crédito não é
complemento de renda” – explica Tiago.
Houve um tempo em que se planejar demandava tempo,
livros-caixa e muito esforço. Hoje, com a ajuda da tecnologia, há aplicativos
que podem ser facilmente baixados no celular, permitindo rápido acesso às
informações necessárias antes de confirmar um gasto. Além disso, planilhas são
ferramentas poderosas para ajudar a entender a situação completa, inclusive com
gráficos e tabelas.
Travar o limite do cartão
Seja você um comprador impulsivo ou controlado, é
sempre bom definir uma quantia mensal que não comprometa suas despesas pessoais
e travar o limite do cartão nessa quantia. O procedimento é simples: bastar
ligar para o gerente de sua conta e pedir para fixar o limite no valor
desejado. “Fixar o limite do cartão para não comprometer as finanças é uma
excelente estratégia. Vale lembrar também que o processo é totalmente
reversível: em casos de emergências e contratempos, há a possibilidade de
retornar ao limite antigo”, afirma Cespe.
Evite possuir vários cartões
Muitos cartões, muitos problemas. Se administrar um
cartão já é difícil, ter de cuidar de vários é pior ainda. Isso porque na
maioria dos casos esses cartões extras possuem limites menores, causando a
falsa sensação de não estar comprometendo sua renda. Manter apenas um cartão,
com limite correspondente ao que você pode gastar, permite que você tire maior
proveito de programas de relacionamentos e de milhas. “Muitas
pessoas costumam fazer vários cartões de crédito de diferentes instituições ou
empresas, e, se o consumidor em questão for do tipo que gasta desenfreadamente,
isso pode ser um problema, pois conforme ele vai ultrapassando o limite de um
cartão, ele vai utilizando os outros, e só perceberá o estrago no outro mês,
quando as faturas chegarem”, pontua o educador financeiro.
Evitar o pagamento mínimo
Embora a opção de pagamento mínimo da fatura pareça
ser um recurso auxiliar em momentos de dificuldade, ele é o maior responsável
pelo endividamento em cartões de crédito. Isso porque os juros, aplicados com
taxas que podem facilmente ultrapassar 300% ao ano, irão incidir sobre o
montante não pago.
“Uma dica importante é procurar profissionais
especializados em consultorias financeiras, pois eles são capazes de analisar o
perfil do consumidor e oferecem uma orientação sobre como funcionam os cartões
de créditos e como utilizá-los”, finaliza o educador financeiro.
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