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Brasil é o 2º maior alvo de ciberataques no mundo; especialista indica formas de evitar fraudes virtuais na saúde
As tentativas de fraudes e golpes
virtuais dispararam nos últimos meses. De acordo com dados da Psafe, mais de 150
milhões de pessoas foram vítimas de phishing em 2021 no Brasil, uma técnica em
que o criminoso engana a vítima, usando conteúdo enganoso ou se fazendo passar
por outra pessoa ou entidade, para obter dados pessoais e usá-los em fraudes e
crimes.
O país é o 2º maior alvo mundial de
ciberataques, de acordo com a Netscout. Na área da saúde, além de usar sites
falsos e mensagens de texto e e-mails com conteúdo enganoso, os cibercriminosos
atacam as ferramentas de trabalho dos profissionais da saúde, como o WhatsApp,
ainda o principal meio de comunicação entre médicos, clínicas e pacientes.
Para Luis Albinati, CEO da Vitalicia, plataforma de comunicação que promove engajamento,
fidelização e aumenta a satisfação dos pacientes de clínicas, o uso mais
intenso da internet durante a pandemia fez disparar essas ocorrências. “Os
cibercriminosos utilizam temas relacionados à saúde para chamar a atenção de
médicos e pacientes e atacá-los. Nas abordagens, muitas vezes se passam por
representantes de órgãos, autoridades, hospitais e clínicas, inclusive que
atendem parentes ou conhecidos das vítimas. Os golpistas também se passam por
médicos e tendem a utilizar a credibilidade desse profissional para enganar
pacientes”, alerta o executivo.
Profissionais buscam alternativas para
apps de mensagem
Os golpes por meio de aplicativos como o
WhatsApp e Instagram têm sido frequentes. Em 20 de dezembro, a pediatra Denise
Brasileiro teve o celular bloqueado, vítima de um golpe virtual. “Fiquei sem
acesso ao WhatsApp e ao Instagram e logo percebi que tinha sido vítima de um
golpe. Os criminosos usaram o meu Instagram para vender produtos com retirada
na minha residência, além de marcar consultas e indicar medicações usando a
minha conta do WhatsApp”, revela a médica.
Para evitar passar por isso novamente,
Denise mudou seu canal de comunicação com os pacientes e passou a utilizar a
plataforma da Vitalicia, que além de ser especializada na comunicação para a
área da saúde, tem seu sistema criptografado e aderente à Lei Geral de Proteção
de Dados Pessoais (LGPD).
“Quando você clica em um link fraudulento,
o criminoso passa a monitorar o que é digitado, pelo celular ou computador, e
tem acesso aos seus dados pessoais. Assim, consegue aplicar diversos golpes,
como pedir dinheiro a seus conhecidos ou fazer transações financeiras indevidas
usando o seu nome. Um app especializado que garanta segurança por meio de
criptografia e de outros recursos fica menos vulnerável a esse tipo de fraude
do que aplicativos mais populares e de uso massivo”, afirma Albinati.
Dicas para evitar ciberataques
Além do cuidado que os profissionais de
saúde devem ter na escolha de suas ferramentas de comunicação com os pacientes,
o especialista da Vitalicia elenca outras medidas importantes para
profissionais e pacientes prevenirem crimes cibernéticos:
- Plataformas de mensagens como Whatsapp, Facebook, Instagram e
Telegram exigem muito cuidado. Mensagens fraudulentas partem inclusive de
contatos conhecidos, que também foram vítimas de golpes;
- Suspeite de ofertas ou qualquer outro tipo de mensagem que
estimule o compartilhamento do conteúdo para vários contatos;
- Esteja sempre atento ao remetente dos e-mails que recebe. É
comum cibercriminosos usarem endereços semelhantes aos de empresas
legítimas;
- Não clique em hiperlinks duvidosos. Se recebê-lo por e-mail,
denuncie a mensagem como spam e delete sem clicar em nada;
- Adote soluções de segurança no celular, como detecção
automática de phishing em apps de mensagem e redes sociais;
- Na configuração do WhatsApp, procure não
deixar sua foto disponível para todos verem. Isso facilita que
cibercriminosos usem a foto para aplicar golpes;
- Se for vítima de golpes digitais, faça boletim de ocorrência.
Muitos Estados brasileiros inclusive possibilitam fazer o BO online.
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