Cientistas do Reino Unido sugerem que a relação entre altura e circunferência do abdômen pode indicar risco às doenças cardíacas
As medidas abdominais podem ser indicadoras de predisposição às doenças cardiovasculares, diabetes e outras doenças crônicas. Desta maneira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que a circunferência da cintura não deve ultrapassar os 94 centímetros em homens e 80 centímetros em mulheres. Entretanto, uma pesquisa do Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados do Reino Unido sugere que a circunferência abdominal deve ser equivalente à metade da altura, a fim de reduzir os riscos à saúde em geral. Especialistas reforçam o acompanhamento clínico como forma de promoção do bem-estar e prevenção.
Assim como a concentração de gordura nos glúteos e região das coxas, a chamada adiposidade abdominal também apresenta riscos de doenças diversas aos pacientes. Entretanto, a professora do curso de Nutrição do UNINASSAU- Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina, Marilene Magalhães, explica que a volumetria da região da barriga pode estar relacionada ao aumento considerável do índice de mortalidade, independente do sexo do indivíduo. "Gordura visceral, localizada na região da barriga, é capaz de desenvolver uma série de alterações no metabolismo. E, por conta disso, há uma possibilidade enorme do desenvolvimento de problemas de saúde, como a diabetes, pois toda essa gordura pode contribuir para uma resistência à insulina. Além disso, também há o favorecimento de substâncias inflamatórias e a predisposição à hipertensão arterial, que por sua vez aumenta o risco de infarto e AVC. Por isso, a alimentação é o carro-chefe de qualquer melhoria de qualidade de vida", pontua a Marilene.
Para a nutricionista, o Índice de Massa Corporal (IMC) não é, necessariamente, a palavra final na classificação ou diagnóstico de saúde. Marilene explica que é possível alguém ter um IMC adequado, mas com circunferência abdominal exagerada e, por isso, deve-se levar em conta também a medida da circunferência da cintura do paciente. "A aferição do IMC é sim útil, mas não considera o volume e o peso especificamente ao redor do abdômen, fato que pode levar ao aumento do risco de doenças. Então, é interessante que o profissional de saúde que esteja avaliando o paciente faça essa medida de cintura, bem como de outras medidas de circunferência corporal", finaliza a professora e nutricionista Marilene Magalhães.
Os cuidados com a alimentação são capazes de evitar
doenças e promover qualidade de vida. Para isso, é essencial a consulta regular
com profissionais clínicos, como o nutricionista, a fim de que se evite
automedicação ou a adoção de dietas inadequadas para o biotipo do paciente.
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