O low-code pode ser definido como uma plataforma de
desenvolvimento de código mínimo. Na sigla em inglês é conhecida por LCAP (Low
Code Application Platform). Ela tem baixa complexidade para criar aplicativos e
está em um movimento cada vez mais crescente.
Segundo o Gartner, em 2021, o negócio de LCAP
cresceu 23%, atingindo um faturamento de 11,3 bilhões de dólares, que chegará a
24 bilhões de dólares nos próximos três anos. E até 2024, as plataformas de
desenvolvimento low-code serão responsáveis por mais de 65% da atividade de
desenvolvimento de aplicativos, e 75% das grandes empresas usarão pelo menos
quatro ferramentas de desenvolvimento low-code tanto para TIC quanto para
desenvolver aplicativos.
Esses números mostram que essa abordagem de
desenvolvimento de software está sendo promissora para os negócios. Diante da
transformação digital cada vez mais rápida, as empresas precisam ser ágeis para
atender aos requisitos de negócios e enfrentar a concorrência. E essa
plataforma é veloz e fácil de ser utilizada.
Como funciona o low-code e porque traz vantagens
aos negócios
O low-code é o desenvolvimento de software por meio
de uma interface visual de arrastar e soltar com codificação manual mínima. Em
plataformas de desenvolvimento low-code, o usuário move blocos visuais de
código existente para criar um produto com a funcionalidade desejada.
Esses componentes pré-construídos aceleram o
trabalho com tarefas típicas e eliminam ações repetitivas. Sim, ainda é preciso
escrever código para soluções, configurações e personalização individuais, mas,
é um requisito mínimo, em que os próprios profissionais de TI que já trabalham
com os sistemas da empresa podem aprender facilmente. E isso é outra vantagem
do low-code, que elimina a busca por profissionais especializados. Que, vale
citar, são cada vez mais escassos.
Como exemplos, podemos criar um site sem
habilidades de programação; fazer um chatbot para atender clientes; criar uma
loja online; criar um aplicativo móvel ou mesmo automatizar um processo de
negócios sem a participação de desenvolvedores especializados em programação ou
linguagens.
O low-code não exclui o desenvolvimento e os
programadores tradicionais, mas acelera seu trabalho. Mesmo a codificação
manual nem sempre é um projeto do zero: desenvolvedores profissionais muitas
vezes reutilizam modelos de seu próprio código para economizar tempo.
Então podemos ver as vantagens imediatas: alta
velocidade no desenvolvimento, baixo risco de perdas financeiras, baixo custo
de desenvolvimento e menor pressão sobre o departamento de TI. Portanto,
construir um produto em uma plataforma low-code é um diferencial.
Enquanto especialistas em TI estão engajados em
projetos prioritários que exigem conhecimento profundo, funcionários sem
habilidades de programação podem criar, por exemplo, um aplicativo para tarefas
internas da empresa ou mesmo ter uma equipe de low-code para criar soluções
dentro do ambiente do cliente. Isso livra o departamento de TI de uma
sobrecarga e resolve também o problema de contratação de profissionais
específicos, economizando tempo e dinheiro.
Na Minsait, a aplicação das principais plataformas
de low-code permitiu, por exemplo, a uma empresa líder do setor energético
centralizar o atendimento a mais de 9.000 clientes em tempo recorde, reduzindo
em mais de 75% o tempo médio de gestão e processamento de pedidos crescentes,
com uma poupança global superior a 6.500 horas. Além disso, a companhia conferiu
a um grande banco as capacidades necessárias para que os usuários das áreas de
operações pudessem desenvolver seus próprios processos, o que se traduziu na
automatização de mais de 700.000 tarefas de forma autônoma.
Além de soluções pontuais, temos uma proposta
diferenciada no âmbito do Cloud-Data, que visa acompanhar empresas e
organizações na sua transição fluida para a nuvem. A oferta vai desde a
transformação de sistemas, com metodologias próprias desenvolvidas desde a
experiência até à criação de ativos e processos digitais nativos, por meio da
combinação personalizada de tecnologias de low-code e hiper automação para
transformar as operações e aumentar a eficiência e competitividade das
organizações.
E, para os
próximos anos, podemos citar algumas áreas que serão a força motriz das
plataformas de low-code: User Experience (UX), mobilidade e aplicações
multi-device e back office; robotização e hiperautomação de processos internos
e de negócios (BPA - Business Process Automation); o desenvolvimento de atendentes
virtuais, baseados em linguística computacional e bots de assistência ao
usuário; e Governança de Dados.
Marcus Luz - Diretor Executivo de Tecnologias Digitais da Minsait no
Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário