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sexta-feira, 20 de maio de 2022

Como funciona a vacina contra a dengue

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Imunizante está disponível para pessoas com idade entre 9 e 45 anos que já tenham contraído a doença


Os brasileiros com idade entre 9 e 45 anos que já tiveram dengue podem se vacinar contra a doença na rede particular de saúde. A vacina Dengvaxia, produzida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, foi a primeira registrada no mundo e tem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser administrada no Brasil, desde 2015. 

A Dengvaxia possui os sorotipos 1, 2, 3 e 4 do vírus da dengue enfraquecidos, o que em contato com o organismo provoca a produção de anticorpos para o combate mais rápido da doença. O esquema vacinal inclui a aplicação de três doses, sendo a primeira na data escolhida pelo médico e as demais respeitando um intervalo de seis meses entre uma e outra.

De acordo com informações do Sanofi Pasteur, a vacina promove uma imunidade de longa duração para os quatro sorotipos da dengue. Ela é capaz de prevenir em 80% o desenvolvimento da forma grave da doença. O laboratório alerta que o imunizante não protege contra os vírus da Chikungunya e da Zika, que também são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti.

Após a vacinação com a Dengvaxia, é possível o surgimento de efeitos colaterais como dores de cabeça e no corpo, febre, mal-estar e reação alérgica. Por isso, as autoridades de saúde ressaltam que o imunizante deve ser administrado apenas por profissionais da saúde, que têm a competência para orientar corretamente o paciente sobre como agir em caso de alguma reação.


Contraindicações da Dengvaxia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a Dengvaxia para pessoas que nunca foram contaminadas com o vírus da dengue ou com idade diferente da faixa etária entre 9 e 45 anos. A Anvisa segue a mesma orientação no Brasil. 

Além disso, a Dengvaxia é contraindicada para grávidas, lactantes, pessoas que tenham alergia à composição do produto, que tenham deficiência imunológica congênita ou adquirida, e os imunossuprimidos. 


Rede pública não oferece o imunizante

A Dengvaxia não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), mas pesquisadores brasileiros já trabalham no desenvolvimento de outra vacina contra a dengue que possa ser distribuída pela rede pública. Os estudos têm sido conduzidos pelo Instituto Butantan em parceria com Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos. 


Brasil registra mais de 540 mil casos de dengue em 2022

A dengue segue como um desafio para a saúde no Brasil. Entre janeiro e abril de 2022, foram 542.038 casos da doença, segundo dados do Ministério da Saúde. O número é próximo ao registrado em todo o ano de 2021, quando foram identificados 544 mil diagnósticos. A situação acendeu o alerta sobre a necessidade de reforçar os cuidados de prevenção.

O Ministério da Saúde explica que a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e tem como principais sintomas dores de cabeça, atrás dos olhos e nas articulações; febre alta; náuseas; vômito; e manchas na pele. Na forma mais grave, o paciente pode desenvolver hemorragia interna, o que pode levar à morte.


Prevenção

A prevenção contra a dengue passa pelo combate à proliferação do Aedes aegypti. Para isso, as autoridades de saúde alertam que a população não deixe água parada em vasos de plantas, garrafas e outros recipientes. Também é recomendável higienizar tanques, tonéis e piscinas, além da caixa d’água, que deve ser mantida fechada.


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