Imunizante está
disponível para pessoas com idade entre 9 e 45 anos que já tenham contraído a
doençaFreepik
Os brasileiros com idade entre 9 e 45 anos que já
tiveram dengue podem se vacinar contra a doença na rede particular de saúde. A vacina Dengvaxia, produzida pelo laboratório francês
Sanofi Pasteur, foi a primeira registrada no mundo e tem a autorização da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser administrada no
Brasil, desde 2015.
A Dengvaxia possui os sorotipos 1, 2, 3 e 4 do
vírus da dengue enfraquecidos, o que em contato com o organismo provoca a
produção de anticorpos para o combate mais rápido da doença. O esquema vacinal
inclui a aplicação de três doses, sendo a primeira na data escolhida pelo
médico e as demais respeitando um intervalo de seis meses entre uma e outra.
De acordo com informações do Sanofi Pasteur, a
vacina promove uma imunidade de longa duração para os quatro sorotipos da
dengue. Ela é capaz de prevenir em 80% o desenvolvimento da forma grave da
doença. O laboratório alerta que o imunizante não protege contra os vírus da Chikungunya
e da Zika, que também são transmitidos pelo mosquito Aedes
aegypti.
Após a vacinação com a Dengvaxia, é possível o
surgimento de efeitos colaterais como dores de cabeça e no corpo, febre,
mal-estar e reação alérgica. Por isso, as autoridades de saúde ressaltam que o
imunizante deve ser administrado apenas por profissionais da saúde, que têm a
competência para orientar corretamente o paciente sobre como agir em caso de
alguma reação.
Contraindicações da Dengvaxia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda
a Dengvaxia para pessoas que nunca foram contaminadas com o vírus da dengue ou
com idade diferente da faixa etária entre 9 e 45 anos. A Anvisa segue a mesma
orientação no Brasil.
Além disso, a Dengvaxia é contraindicada para
grávidas, lactantes, pessoas que tenham alergia à composição do produto, que
tenham deficiência imunológica congênita ou adquirida, e os
imunossuprimidos.
Rede pública não oferece o imunizante
A Dengvaxia não está disponível no Sistema Único de
Saúde (SUS), mas pesquisadores brasileiros já trabalham no desenvolvimento de
outra vacina contra a dengue que possa ser distribuída pela rede pública. Os
estudos têm sido conduzidos pelo Instituto Butantan em parceria com Instituto
Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos.
Brasil registra mais de 540 mil casos de dengue em
2022
A dengue segue como um desafio para a saúde no
Brasil. Entre janeiro e abril de 2022, foram 542.038 casos da doença, segundo
dados do Ministério da Saúde. O número é próximo ao registrado em todo o ano de
2021, quando foram identificados 544 mil diagnósticos. A situação acendeu o
alerta sobre a necessidade de reforçar os cuidados de prevenção.
O Ministério da Saúde explica que a dengue é
transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e tem como principais
sintomas dores de cabeça, atrás dos olhos e nas articulações; febre alta;
náuseas; vômito; e manchas na pele. Na forma mais grave, o paciente pode
desenvolver hemorragia interna, o que pode levar à morte.
Prevenção
A prevenção contra a dengue passa pelo combate à
proliferação do Aedes aegypti. Para isso, as autoridades de
saúde alertam que a população não deixe água parada em vasos de plantas,
garrafas e outros recipientes. Também é recomendável higienizar tanques, tonéis
e piscinas, além da caixa d’água, que deve ser mantida fechada.
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