A HAS Clínica reuniu diversos especialistas para falar de sequelas após o contágio com o coronavírus
A pandemia causada pelo coronavírus infectou mais
de 450 milhões de pessoas em todo o mundo e, segundo estudos da Penn State
College of Medicine, dos Estados Unidos, aproximadamente 50% deverão sofrer com
algum tipo de sequela em até seis meses após a recuperação.
Preocupada com o bem-estar de seus pacientes, a HAS
Clínica reuniu um time de médicos, das mais variadas especialidades, para
explicar essas consequências trazidas pela pandemia.
O Dr. Adriano Luiz Guerra, cardiologista da HAS Clínica,
diz que a infecção viral por Covid-19 pode trazer sérios efeitos para alguns
órgãos, como alterações estruturais, inflamatórias, elétricas e vasculares. “Do
ponto de vista cardiovascular, em íntima relação com o aspecto pulmonar, os
maiores sintomas relatados e referidos pelos pacientes são: a falta de ar ou
dispneia, as palpitações cardíacas e a dor torácica”, explica o médico.
“Cefaleia, tonturas, esquecimento e formigamentos
são outros sintomas de pós-infectados, contudo, até o momento não há comprovação
de lesão direta do vírus no sistema nervoso”, explica o neurologista Felipe
Saad.
Já a parte vascular, durante uma infecção ativa
pelo COVID-19, é muito afetada devido ao risco de trombose gerado por um estado
de hipercoagulabilidade, ou seja, o aumento da chance de formar coágulos no
sangue. “Essa trombose pode afetar tanto as artérias como as veias, mas houve
um aumento significativo principalmente da trombose venosa profunda (TVP),
conta a Dra. Amanda Abe, médica vascular.
Na especialidade de otorrinolaringologia, os
sintomas mais observados foram a perda ou distorção do olfato. Segundo o Dr.
Fernão Bevilacqua, otorrinolaringologista da HAS Clínica, cerca de 95% dos
pacientes tiveram melhora espontânea, sem a necessidade de medicamentos.
“Porém, os 5% restantes tiveram perda total ou subtotal do olfato ou alteração
conhecida como parosmia, que é a distorção do sentido olfativo e acarreta
também algumas disfunções do paladar”, diz.
Outra sequela conhecida é a queda de cabelo,
presente em 25% dos infectados. A Dra. Giovana Mori, dermatologista clínica,
explica que a doença é caracterizada como perda capilar abrupta e difusa, se
inicia, aproximadamente, entre a sexta e a oitava semana após o contágio.
Não menos importante, são as sequelas deixadas no âmbito
psicológico do paciente. Foram notados aumentos dos episódios de insônia,
cansaço físico e mental, alterações de humor, irritabilidade, lapsos de memória
e piora nos quadros de ansiedade e depressão. “Alguns pacientes ainda lidam com
a perda de entes queridos e a incerteza de retornar sua vida profissional
devido as sequelas físicas e emocionais causadas pelo tempo de internação e
necessidade de reabilitação”, adverte a psicóloga Flavia Lourenço.
Como visto, são várias as consequências deixadas
pelo coronavírus, porém, os especialistas médicos estão em contínuo estudo de
como tratar e lidar com essas decorrências. O mais importante é que o paciente
pós-infectado, percebendo algum sintoma ou sinal, consulte seu médico o mais
rápido possível. “Como em toda doença, o diagnóstico precoce é uma grande
ferramenta no tratamento e cura”, finaliza a Dra. Amanda Abe.
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