prato principal
A primavera, estação mais colorida do ano, nos convida a experimentar receitas com flores comestíveis que, além do toque especial para o prato, trazem inúmeros benefícios à saúde. Geralmente as flores são usadas para fins decorativos, mas podem fazer parte da alimentação em saladas, chás ou até mesmo no prato principal, como destaca a nutricionista e professora da Universidade Guarulhos (UNG), Viviani Jaques.
“As flores e plantas comestíveis são
chamadas de PANCs “plantas alimentícias não convencionais” e combinam muito com
este período do ano. Algumas já conhecidas e consumidas no dia a dia, como
couve-flor, brócolis e alcachofras, são ricas em vitaminas e nutrientes. Porém,
existem outras utilizadas em receitas para trazer sabor e aroma em chás,
geleias, saladas e sopas”, explica a especialista em Fitoterapia.
Segundo a nutricionista, para um consumo seguro, é importante que saiba a procedência ou cultive sua própria PANC. Em comparação às convencionais, elas têm a vantagem de serem fáceis de cultivar, se adaptam facilmente e não requerem cuidados muito específicos para se desenvolver.
Alguns benefícios das plantas e
flores comestíveis são: Azedinha: suas folhas parecem com a rúcula
e tem sabor que lembra o limão. É ótima para saladas e no preparo de
vinagretes. Também vai bem em molhos, sopas e purês. Têm propriedades
antioxidante, anti-inflamatória, desintoxicante;
Capuchinha: Usada crua em saladas, pode-se consumir suas flores, folhas,
sementes e ramos. O sabor lembra a rúcula e o agrião. É antioxidante e
anti-inflamatória, rica em betacaroteno, vitamina C, potássio, cálcio e zinco
Dente-de-leão: É baixinha, cresce em qualquer lugar. Muito comum ser confundida
com a serralha que tem as folhas parecidas, mas é mais alta. Todas as partes
desta planta podem ser usadas: raiz, folhas, flor e até mesmo caule. Tem sabor
amargo e é essa característica que lhe confere propriedades restauradoras, é
digestiva, diurética e protege o fígado. Pode ser consumida crua, cozida,
refogada, em sopas, no suco verde, e em forma de chá.
Ora-pro-nóbis: Rica em diversos nutrientes como manganês, magnésio, ferro,
cálcio, além de vitamina C e fibras. Suas folhas podem ser consumidas frescas
em saladas, os frutos alaranjados têm propriedades antioxidantes e podem ser
utilizados em geleias, sucos, licores e compotas.
Peixinho-da-horta: é uma planta aveludada conhecida também por peixinho. Leva esse
nome porque tem formato de peixe, sabor de peixe e a forma mais utilizada nas
receitas é a empanada e frita. Possuí cálcio, ferro, potássio e fibras.
Por fim, a nutricionista preparou uma
receita prática que pode servir de inspiração:
Ingredientes:
20 folhas de peixinho-da-horta
1/2 xícara de chá de farinha de trigo
01 colher de sopa de amido de milho
01 colher de café de fermento em pó
Sal e pimenta do reino a gosto
1/2 xícara de chá de água gelada
Óleo par fritar
Modo de preparo: lave bem as folhas e
seque. Misture a farinha com o amido, o fermento, sal, pimenta, junte a água
gelada e misture bem. Passe uma folha por vez nessa massa e leve para fritar em
óleo quente até dourar levemente. Retire e deixe secar em um papel toalha. Sirva
em seguida.
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