Gestores e educadores opinam sobre quão crucial é o papel desse profissional na trajetória de todas e todos, que certamente em algum momento da vida se inspiraram e se nortearam por esses “guias”
Celebrado em 15 de
outubro como uma referência a D. Pedro I, que em 1827 instituiu uma lei sobre
ensino elementar, o Dia do Professor traz à tona a relevância do papel
desempenhado por educadores e educadoras do nosso País. O brilho no olho que um
docente tem é capaz de transformar anseios em trajetórias. Mais do que isso,
esses profissionais têm a capacidade de semear incontáveis potenciais, muitas
vezes só aflorados no futuro – algo que talvez nem tenham a oportunidade de
ver, por não estarem mais no cotidiano daqueles ex-alunos. No livro “Nós e a
escola”, Mario Sérgio Cortella destaca que: “somos todos amadores, em dupla
acepção: gente que ama e que acha que não está pronta ainda”.
De acordo com Lucas
Seco, diretor do Colégio Anglo Chácara, a data é extremamente importante porque
estamos falando de uma das carreiras mais dignas e, ao mesmo tempo, uma das
mais fundamentais para qualquer nação. “Temos muitos exemplos ao longo da
História de países que foram se construindo e reconstruindo com o apoio maciço
do Estado e da sociedade e, principalmente, priorizando a educação. É
necessário a compreensão de que a educação é a base para uma sociedade bem
desenvolvida nos aspectos social, econômico, humano e cultural, mas para que a
educação seja aprimorada em um país é necessário a criação de uma política de
Estado eficiente, além do incentivo para formação de professores,
infraestrutura mínima de trabalho para o professorado e remuneração digna”,
afirma.
O gestor salienta ainda
que, nesse sentido, é importante reconhecer esse profissional como um elemento
chave na construção da sociedade. “O Dia do Professor está aí para nos lembrar
da relevância dessa figura. É preciso olhar e valorizar os educadores, pois
todos nós tivemos um professor importante na vida, alguém que nos marcou, e
lembrar dele é parte de lembrar da nossa própria vida, da nossa própria
história. Trazer essa memória é relevante para nós mesmos, além de nos fazer
reconhecer o quão necessário são esses profissionais na construção de uma
sociedade bem desenvolvida”, acrescenta.
Para Eduardo Calbucci,
professor e CEO do Programa Semente - metodologia de ensino socioemocional para
jovens e adultos -, será fundamental investir na formação, capacitação e,
principalmente, no bem-estar dos educadores, desenvolvendo suas competências
socioemocionais para que sigam em sua missão de apoiar alunos e suas famílias.
“É por meio das
habilidades socioemocionais, que professores, no presente e no futuro,
auxiliarão alunos na trilha de aprendizagem com mais criatividade, confiança,
flexibilidade, inovação, resiliência, empatia, visão coletiva e sistêmica, para
ajudar a construir repertórios, interações, e formar, acima de tudo, cidadãos
com senso crítico para atuar em uma sociedade cada vez mais incerta e
automatizada”, ressalta.
A
Camino School, operação escolar da Camino Education, destaca que o profissional
de educação deve ser reverenciado não apenas em 15 de outubro, mas em todos os
outros 364 dias do ano. A escola é adepta de duas frente de trabalho: a
metodologia da aprendizagem ativa, que coloca o aluno no papel de protagonista,
e as competências socioemocionais, valorizando as interações afetivas
construídas em sala de aula. “Ambas prezam pela horizontalidade entre
educadores e educandos, algo crucial para nós. Gosto muito de um pensamento de
Paulo Freire, no qual ele pondera: quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende
ensina ao aprender. Que esse seja o nosso mantra”, ressalta Leticia Lyle,
cofundadora da Camino Education e diretora pedagógica da Camino School.
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