No início da pandemia, 33% dos brasileiros disseram ter aumentado o consumo de legumes, verduras e hortaliças, sendo que 67% planejavam manter o novo hábito no futuro, segundo dados da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria. Ao longo das fases de isolamento social, entretanto, o consumidor foi se adaptando às novas rotinas de consumo e as ocasiões de saudabilidade foram se transformando.
O mais recente
estudo Consumer Insights, da Kantar, mostra que no 2º
trimestre de 2021 a busca por alimentos mais nutritivos e saudáveis voltou a
ganhar relevância, especialmente nas horas do lanche, retomando níveis vistos
no período pré-pandemia. Ocasiões com necessidade de saudabilidade
cresceram 15% entre os brasileiros em relação ao mesmo período do
ano passado.
Essa tendência foi
impulsionada principalmente pela adoção de
dietas, com índice 27% superior ao
segundo trimestre de 2020, com consumidores entre 35 a 44 anos e mais de 45 anos fazendo maior contribuição a esse
crescimento. A necessidade de um consumo
mais saudável, vinculada à busca por alimentos
mais nutritivos, foi liderada por lares com crianças e adolescentes de até 18 anos, com um aumento de 9,1% em
ocasiões de consumo.
Vale dizer que a percepção
do conceito de saudabilidade muda entre as classes sociais. Enquanto nas
classes AB a busca por uma alimentação saudável inclui consumo de frutas,
saladas, legumes, nuts, granola e iogurte, nas classes CDE abrange
arroz, feijão, cereais infantis, leite em pó e sucos/vitaminas caseiras. Com a
alta dos preços este ano, viu-se a volta do consumo de alimentos básicos e
mais saudáveis, como arroz, feijão e saladas.
O brasileiro tem consciência
e preferência por uma alimentação mais saudável, mas o preço ainda é uma
barreira ao consumo desse segmento para 35% dos consumidores, segundo o
relatório Who Cares Who Does 2020, da Kantar. O fator renda x preço é a nova variável que vai afetar a velocidade e as
escolhas mais saudáveis dos consumidores.
Kantar
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