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quarta-feira, 16 de junho de 2021

Teste do pezinho identifica mais de 40 doenças diferentes

Foto Ksenia Chernaya

O exame mostra maior possibilidade de doenças congênitas, raras e metabólicas

 

É fundamental que todos os recém-nascidos realizem o teste do pezinho. Também conhecido como triagem neonatal, o exame deve ser realizado entre o segundo o e quinto dia de vida do bebê. O teste é feito a partir de uma amostra de sangue retirada do calcanhar do recém-nascido e é capaz de rastrear precocemente doenças congênitas, raras e metabólicas. Essas enfermidades, caso não tratadas adequadamente, podem gerar sérios problemas na vida das crianças.

“O teste do pezinho tem o objetivo de detectar doenças progressivas que podem ter desfechos muito graves. Essas doenças afetam o desenvolvimento físico e mental e podem levar até a morte. Com esse diagnóstico, garantimos uma melhor qualidade de vida para as nossas crianças. O teste pode ser realizado 24h após o nascimento”, explica a pediatra da Maternidade Brasília Sandi Sato.

Esta avaliação é encontrada tanto na rede pública quanto na privada e aborda a avaliação de mais de 40 enfermidades. Entre elas: Anemia falciforme, fibrose cística hiperplasia adrenal congênita, toxoplasmose e hipotireoidismo congênito.

“O teste do pezinho é obrigatório para todos os recém-nascidos. O Ministério da Saúde garante o teste básico e é possível encontrar outras versões na rede privada”, garante a médica. 

O teste fica pronto em cerca de 15 a 25 dias. O prazo depende do perfil de cada teste, que pode incluir mais ou menos exames. “Os exames que sempre estão presentes são o do hormônio tireoidiano, cromatografia de aminoácidos, atividade de biotinidase, hemoglobinopatias, 17OH progesterona e tripsina imunorreativa”, conta a pediatra e Diretora Médica da Dasa Natasha Slhessarenko. “Caso haja alguma alteração nos exames, há nova coleta para confirmar os resultados. O teste do pezinho é altamente sensível, e pode dar alguns resultados falsamente positivos justamente para não deixar passar indetectada nenhuma doença”, continua.

Sandi Sato ainda destaca que, uma vez tendo o diagnóstico confirmado, o tratamento é iniciado imediatamente. “A depender da doença, além do tratamento pediátrico, pode ser preciso a atuação de uma equipe multidisciplinar para garantir doses adequadas dos tratamentos. Quanto mais cedo iniciada a intervenção, maior é o sucesso no desenvolvimento dessa criança. Ela ganha a chance de ter uma vida completamente normal como qualquer outra criança. É um teste relativamente simples e que garante uma melhor qualidade de vida desde a infância”, finaliza a pediatra.


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