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segunda-feira, 21 de junho de 2021

Frio pode aumentar dores articulares principalmente na terceira idade

Com a chegada do outono, que se estende até o mês de junho, marcado também pelas ondas de frente fria, os cuidados com a saúde devem ser redobrados, principalmente na terceira idade, que começa aos 60 anos.

É preciso estar preparado para o processo natural do envelhecimento do corpo, porém, é neste momento da vida que algumas doenças articulares, principalmente nas articulações de carga (quadris, joelhos e coluna) começam a aparecer, o que acarreta dores nos idosos.

Segundo o médico ortopedista especialista em joelhos, Adilio Bernardes, as dores articulares tendem a aumentar no tempo mais frio devido a alguns fatores como: a redução de exercícios físicos e a própria defesa do organismo. O médico explica que as articulações necessitam de mobilidade para se manterem ativas e saudáveis.

“A musculatura tende a ficar mais contraída no frio, por uma questão de defesa do organismo para não perder calor, o que pode comprimir a articulação causando dor. Outra situação também de defesa do organismo é a chamada vasoconstrição periférica, onde mãos e pés tendem a ter menos circulação de sangue, podendo gerar dor e rigidez articular. Outro fator é o líquido sinovial, que tende a ficar mais denso também contribuindo com as dores”, aponta Adilio.

Ainda na terceira idade é comum aparecerem doenças como artrite, artrose e osteoporose. Adilio chama a atenção para as duas últimas, que geram inúmeras dúvidas entre os pacientes. “A artrose é degeneração da cartilagem articular, que é onde temos o movimento de cada articulação. Essas articulações, principalmente de carga (coluna lombar, joelhos, quadris e tornozelo), tendem a sofrer consequências maiores ao longo do tempo. Já a osteoporose faz com que tenhamos certa fragilidade óssea. Com o passar dos anos e conforme a idade, os ossos ficam mais frágeis, estando mais sujeitos a fraturas de baixa energia”, explica o médico.


Prevenção e tratamento

Com o envelhecimento, as fraturas sofrem degeneração podendo acarretar dores e evolução das patologias. O médico ortopedista explica que além da idade, uma somatória de fatores podem contribuir para o aumento dos problemas. “O fator genético, traumático, o excesso de peso e a quantidade de exercícios físicos também são responsáveis por degenerar estruturas. Por isso é importante o cuidado precoce”.

De acordo com Adilio, a prevenção dessas doenças devem ser feitas ao longo da vida. “Um paciente que chegar na terceira idade com um processo degenerativo em evolução ou bastante evoluído, não tem como voltar atrás”.

O médico ainda comenta que no caso da artrose, o processo da doença só anda para a frente. “Uma artrose instalada, por mais que existam tratamentos que minimizem dor e a velocidade de progressão, a tendência ao longo do tempo é piorar, podendo surgir outros problemas como a hérnia de disco na coluna e as lesões dos meniscos nos joelhos”. 

Já no caso da osteoporose, atividades físicas de baixo impacto bem orientadas, para o fortalecimento muscular, acompanhamento através de exames e alguns medicamentos como reposição de vitaminas e cálcio, podem colaborar de forma muito positiva. 

No geral, o ortopedista reforça que o ideal é não deixar que as patologias acumulem para a terceira idade. “A manutenção de peso, atividades físicas sob orientação e acompanhamento médico são fundamentais na vida de qualquer indivíduo”, conclui.


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