Nesta compacta e charmosa varanda projetada pela arquiteta Flávia Roscoe, o jardim vertical de Nãna Guimarães trouxe um pouco de frescor ao espaço Divulgação |
A paisagista Nãna Guimarães sempre trabalhou com
projetos de jardim vertical, mas nunca tinha visto tanta demanda por esse tipo
de projeto como foi no ano passado. “Os pedidos de paisagismo vertical, no meu
escritório, aumentaram 50% em relação a 2019 e 2021 já começou seguindo esse
mesmo ritmo. Janeiro, por exemplo, que é um mês que damos férias coletivas aos
nossos colaboradores, porque é um período normalmente mais tranquilo de
projetos, seguiu tendo muita demanda, o que adiou o tradicional recesso”,
explica Nãna.
Segundo a paisagista esse aumento se deve ao fato
de as pessoas estarem passando mais tempo em casa por causa da pandemia e
também porque é um tipo de projeto que não ocupa muito espaço. “Por estarem
muito em casa, as pessoas acabam procurando por um ambiente mais agradável que
é proporcionado pelas plantas. Além disso, se você não tem espaço no chão, você
ganha área verde na parede, o que torna o jardim vertical barato. O metro
quadrado em uma região valorizada é bastante caro então se você o utiliza para
colocar plantas pode impedir, por exemplo, de ter um sofá ou mesmo uma varanda.
Mas quando se tem um jardim vertical, você tem os dois juntos: melhor
aproveitamento dos espaços e todo o bem-estar das plantas em um só ambiente”,
afirma.
Como o espaço preservava a livre circulação de pessoas, a arquiteta Flávia Roscoe achou melhor optar pelo jardim vertical que foi criado e executado pela paisagista Nãna Guimarães Gustavo Xavier |
Além de bonitos, esse tipo de jardim também melhora a qualidade e aumenta a umidade do ar, climatizam o ambiente e ainda podem atuar como barreira sonora contra ruídos de baixa frequência, atenuando a poluição sonora, o que o torna um ótimo recurso para ser utilizado em espaços como home office. “As plantas deixam o ambiente mais fresco, reduzem o estresse trazendo vida, frescor e aconchego visual. Pesquisas comprovam, inclusive, que em espaço de trabalho – seja em casa ou tradicional - o simples fato de se olhar para o verde, ajuda a aumentar a concentração e a produtividade”, salienta a paisagista.
Outro fator que favorece o cultivo desse tipo de
jardim é a manutenção que, atualmente, conta com a tecnologia para facilitar o
seu processo. “Cada tipo de planta exige uma quantidade específica de água. Se
muito irrigada pode causar problemas nas raízes gerando apodrecimento. Se pouco
irrigada fica sem nutrientes necessários e prejudica a produtividade, por isso
a irrigação automatizada é uma grande facilidade, pois ela fornece água em
quantidade suficiente e necessária para cada tipo de cultura. Todos os jardins
verticais quefaço está incluso esse tipo de irrigação porque ele é fundamental
para garantir a vida, beleza e qualidade das plantas”, pontua Nãna.
Com relação as espécies de plantas mais usadas
neste tipo de jardins, a paisagista comenta que a variedade é grande. “Usamos
muito Jiboias, Filodendros, Samambaias, Lambaris e Peperômias, entre outras,
mas o importante é optar por plantas perenes, ou seja, que tem uma grande
durabilidade e que se adaptam bem ao local onde serão plantadas. Além disso, é
preciso analisar as condições do local, se há incidência de sol ou se tem pouca
luz, se há muita ou pouca ventilação, se o ambiente é interno ou externo.
Enfim, é uma série de fatores que irá nortear o projeto da melhor maneira
possível para que o cliente possa aproveitar ao máximo sua área verde. Afinal,
quanto mais ficamos perto da natureza, mais relaxados e felizes nos sentimos”,
finaliza a profissional.
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