Especialista explica que, se utilizado de forma consciente e inteligente, pode sim trazer vantagens e contribuir com seu bolso
Se todas as vezes que
você recebe a fatura do cartão de crédito leva um susto, é preciso repensar algumas
atitudes pois, nem sempre ele precisa ser ou é o verdadeiro vilão. Contanto que
seja utilizado de forma inteligente, o cartão de crédito pode sim ser um bom
instrumento para a organização financeira pessoal.
O cartão de crédito
pode te ajudar a organizar a entrada e a saída de dinheiro da conta, o famoso
fluxo de caixa e ainda fornecer alguns benefícios, como descontos em
estabelecimentos e milhas que podem ser trocadas por viagens ou produtos.
Muitos cartões hoje em dia sequer cobram anuidade, então, a primeira dica é
pesquisar as melhores opções.
"O perigo mora em
fazer desse recurso uma extensão do salário e ter a falsa impressão de que
ainda há bastante dinheiro para ser gasto, contabilizando o limite liberado
pela instituição bancária", afirma Luciana Ikedo, assessora de
investimentos, CEO e fundadora do escritório Ikedo Investimentos. É importante
lembrar que a taxa de juros do cartão de crédito rotativo subiu de 293,3% ao
ano em novembro, para 301,9% em dezembro de 2020, de acordo com divulgação
recente do Banco Central (BC). "Seguir no automático e fazer pequenas
compras com frequência, por exemplo, pode acabar se tornando uma grande e cara
armadilha para o bolso, devido justamente aos juros", alerta a assessora.
Segundo Luciana, os
pequenos valores somados no fim do mês na fatura, como compras por aplicativos
de delivery ou de transporte, podem representar uma grande parcela da sua renda
no fim do mês e aí sim, transformar o cartão de crédito em inimigo. A palavra
de ordem é controle. "Controlar os gastos, não só anotando todos eles, mas
também planejando com antecedência tudo que vai gastar, é uma boa
estratégia", ensina Luciana. "Saber quanto do orçamento mensal já
está comprometido com compras parceladas deve ser uma rotina", reforça. E
para ajudar nessa tarefa, a especialista explica que existem muitas formas,
desde as anotações em caderninhos, planilhas eletrônicas, até aplicativos
financeiros para o celular.
Uma última dica é
fugir do valor mínimo. Para a especialista, pagar o mínimo da fatura pode
parecer inicialmente uma boa ideia, mas, não é. "Você corre um grande
risco de perder o controle da dívida e aí sim, fazer com que o cartão se torne
um grande transtorno em sua vida", afirma Ikedo. "Tente não enxergar
o cartão como um dinheiro extra ou uma extensão da renda, ut inteligência e
parcimônia, evita compras supérfluas, desnecessárias e contribui com a saúde do
seu bolso", finaliza.
Luciana Ikedo - Assessora de investimentos, CEO e fundadora do
escritório Ikedo Investimentos. É especialista em finanças, com 24 anos de
experiência e certificações CFP® e CPA 20, essenciais na área. Administradora
por formação, Luciana aprofundou conhecimentos com MBA Internacional em Gestão
Empresarial pela FGV, em International Strategic Business Leadership Paths to
the Future da Universidade de Ohio e com MBA em International Business
Immersion, cursado na Universidade de Tampa, Flórida. Atuou ainda em cargos
gerenciais em grandes empresas e nas principais instituições bancárias privadas
do país. Acumula também experiência acadêmica como docente universitária nos
cursos de pós-graduação EAD na Universidade Brazcubas, em Mogi das Cruzes.
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