A pandemia da Covid 19 alastrou por todo o mundo há quase um ano e segue infelizmente vitimizando muitas pessoas ao redor do planeta. Apesar do início da vacinação na maioria dos países, a pandemia não tem data para acabar, já que elas ainda demorarão um tempo considerável para chegar a todos, e consequentemente para que o vírus da SARS-COV-19 pare de circular de vez ao redor do planeta.
Entretanto, sugestões e
suposições de medicamentos são pautas recorrentes na sociedade desde o início
da pandemia, o que deixa médicos e pesquisadores da área vigilantes e atentos
sobre o funcionamento dessas drogas e em busca de respostas concretas. Um dos
principais fármacos que geram assuntos nas rodas de conversa e recomendações
por alguns profissionais da saúde é a ivermectina, medicamento usado no
tratamento de infecções por parasitas, como piolhos e sarnas. As dúvidas que
giram ao redor desse e de outros medicamentos são se o uso, quando o
paciente apresenta os primeiros sintomas, pode reduzir as complicações da
doença em alguns casos.
O clínico médico e
cardiologista Gilmar Reis, responsável pelo programa de pesquisa com o objetivo
de estudar esses medicamentos no tratamento inicial da COVID 19, aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), aponta que até o momento, não há medicações eficazes para o uso na fase
inicial da doença. “A comunidade científica internacional está trabalhando
intensamente em busca de fármacos que possam reduzir as complicações na Covid,
portanto, tudo ainda é incerto”.
Medicações em estudo
A pesquisa vem avaliando
três fármacos mais populares que vêm sendo cogitados para o tratamento. São eles a
fluvoxamina e a metformina, além da ivermectina. “O objetivo da
pesquisa é promover ensaios clínicos, com determinados grupos de pessoas, a fim
de avaliar os pacientes. Uma visita domiciliar é agendada após a equipe médica
avaliar os critérios e, portanto, a ação médica dispensa o deslocamento do
paciente para ser realizada. “Estamos avaliando esses três fármacos em 16
centros de pesquisa em cidades do estado de Minas Gerais, São Paulo e Rio
Grande do Sul”, contou o médico.
As cidades de Brumadinho
e Sete Lagoas, na região metropolitana de BH, e Governador Valadares, no Vale
do Rio Doce, são cidades onde as pesquisas já estão sendo encaminhadas e
realizadas, sob a supervisão de profissionais de medicina que atuam nesses
territórios.
Para a realização, o pesquisador lembra ser essencial que o paciente interessado esteja apresentando um quadro de gripe com menos de oito dias de sintomas, pois a finalidade também é avaliar se esta síndrome antecede a Covid 19.
Fonte: Gilmar Reis - Cardiologista
e especialista em Clínica Médica e Medicina Intensiva, é pesquisador e
coordenador do Centro de pesquisa Clínica CARDIOLAB (@dr_gilmarreis).
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