Estudo aponta visão dos jovens sobre tópicos capazes de destacar uma organização entre a mais ideal para se atuar profissionalmente
Cada vez mais, no contexto corporativo, os profissionais assumem um papel de protagonismo nos processos seletivos. Se antes a análise partia apenas das contratantes, atualmente, cada candidato também considera a compatibilidade de seus desejos e características para participar de entrevistas. Justamente por isso, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo com jovens entre 15 e 29 anos com a seguinte pergunta: “o que torna uma empresa mais atraente?”. Realizada entre 11 e 22 de janeiro com a participação de 33.385 brasileiros, a pesquisa mostra uma preocupação com o futuro.
Para a grande maioria, 75,6% (ou 25.255) dos participantes, a companhia quando oferece oportunidades para o desenvolvimento da carreira é a mais bem avaliada. De acordo com o analista de treinamento do Nube, Everton Santos, apostar em um ambiente com zelo pela evolução dos times é investir em um colaborador mais ativo e satisfeito. “Gerações mais novas buscam a identificação com a contratante, então a cultura organizacional é um fator determinante para a satisfação do indivíduo”, comenta.
Para 8,2% (2.742), os horários de trabalho flexíveis obtêm destaque na hora de encontrar a corporação ideal. De acordo com o especialista, a quarentena por conta da pandemia do novo coronavírus pode influenciar ainda mais nessa valorização, utilizando como exemplo o teletrabalho. “Mesmo a experiência com o home office em massa tendo sido de origem trágica, existem alguns ensinamentos para o mercado se apropriar. Atuar de forma remota, teve vantagens como a economia de tempo com o deslocamento e isso permitiu às equipes mais horas livre”, afirma.
Praticamente empatados em terceiro lugar com 6,81% e 6,80% (2.281 e 2.271 votos), estão, respectivamente, salário ou bolsa-auxílio competitivos e benefícios concedidos. Nesse contexto, Santos faz um alerta: “remuneração e outras compensações não são os aspectos mais importantes, mas exigem atenção por parte de quem contrata. Em um momento quando há uma diversidade de talentos disponíveis no mercado, apenas proporcionar um local acolhedor não é garantia de retenção”.
Por fim, 2,5% (ou 836) dos respondentes destacaram a reputação do empregador como o critério mais analisado. “A imagem profissional está intimamente ligada ao lugar onde se atua e pode interferir na marca pessoal. Buscar instituições com valores alinhados aos pessoais e estudar a imagem da entidade diminui os riscos de um possível desentendimento cultural. Conciliar os interesses, verificar afinidades e entender a dinâmica organizacional como um todo é estratégico para melhores possibilidades de entregas e compreensão de valores”, diz.
Além disso, o analista destaca outros pontos a serem
levados em conta ao se candidatar a vagas, tanto de estágio, quanto
aprendizagem ou CLT. Nesse momento, qualidade de vida é um tema em voga. Cuidar
da saúde emocional impacta diretamente na performance e na sensação de bem
estar. Por conta disso, buscar por colocações de acordo com os princípios
individuais possibilita uma experiência positiva para ambas as partes. Para
ajudar na escolha, é necessário entender como o empreendimento lida com o
desenvolvimento de talentos, se existem programas ou ações efetivas para a
carreira. Para além da questão financeira, autonomia, recursos para trabalhar,
aproximação com os gestores e membros da equipe são aspectos determinantes de
sucesso”, conclui.
Fonte: Everton Santos -
analista de treinamento do Nube
www.nube.com.br
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