Estudo desenvolvido pelo Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicação - Inovações e Comunicações (MCTIC), em
parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
estima que o mercado de IoT (Internet das coisas) pode injetar até US$ 200
bilhões (cerca de R$ 1 Trilhão) à economia brasileira até 2025.
A IDC calcula que, no Brasil, a base instalada de
dispositivos de internet das coisas, conectados à rede, já chegou a 300 milhões
de unidades em 2020. Considerando ainda a chegada da rede 5G ao Brasil, IoT
ganhará mais relevância na estratégia de negócios das instituições, uma vez que
a conexão massiva e crescente de dispositivos ligados a essa internet rápida e
universal, resultará na produção de um enorme volume de dados.
Neste sentido, os dados de IoT se tornarão parte
essencial de muitos sistemas inteligentes que deverão impulsionar a oferta de
produtos e serviços inovadores e, cada vez mais, personalizados, obrigando as
instituições investirem em inovação, para se adaptar rapidamente às mudanças do
mercado.
Desde 2018, o segmento investe pesado em tecnologia
para ampliar sua capacidade em gerar valor através de inovações rápidas para
manter a posição de mercado. Segundo a FEBRABAN, esta revolução tecnológica,
aliada às transformações regulatórias do mercado financeiro que o tornaram
ainda mais competitivo, fizeram com que o setor se tornasse o que mais investe
em tecnologia no Brasil.
E existe uma vasta gama de serviços financeiros e
de seguros que podem ser construídos a partir de dados captados por
dispositivos IoT, que transformarão a relação banco-cliente nos próximos anos.
Essa acelerada transformação, derivada do amadurecimento da IoT, trará grandes
oportunidades, mas também riscos relacionados principalmente à segurança e à
privacidade dos dados, que deverão ser tratados em conformidade com leis como a
LGPD e GDPR.
O aspecto da segurança é certamente um dos
principais desafios a serem superados, principalmente no setor bancário.
Contudo, se bem empregado, o uso de IoT poderá fortalecer a segurança e a
prevenção de fraudes, se tornando uma ferramenta definitiva de autenticação. A
exemplo, através de dados captados por dispositivos pessoais, em tempo real, as
instituições serão capazes, inclusive, de autenticar se um correntista está
agindo dentro de sua normalidade ou em um estado de iminente perigo.
Práticas bem-sucedidas
O Garanti Bank, da Turquia, é um exemplo de
instituição financeira que investe em IoT e já colhe bons frutos. O banco criou
o aplicativo iGaranti, que é um coach financeiro inteligente baseado em
smartphones, centrado nas necessidades diárias dos clientes e, além de
transações bancárias, fornece serviços personalizados criados para facilitar a
vida dos usuários. Como, por exemplo, enviando notificações de produtos das
marcas preferidas do cliente que estão em promoção nas proximidades de sua
localidade.
O aplicativo oferece ainda uma estimativa de
orçamento mensal, dependendo das despesas prévias. Em adicional, um assistente
virtual recebe e executa ordens a partir de comandos de voz autenticados e dá
conselhos, baseados em inteligência artificial e aprendizado de máquina. A
inovação é um motor essencial da competitividade e da rentabilidade nos
negócios em todo o setor bancário e, neste sentido, a IoT se apresenta como uma
realidade emergente, um investimento necessário para acompanhar a revolução do
mercado financeiro.
Leonel Nogueira - CEO da Global TI
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