'O projeto de concessão prevê novos investimentos focados na melhoria de serviços e, consequentemente, na experiência dos usuários nesses locais', analisa o diretor-presidente do Semeia, Fernando Pieroni
Em sessão pública
ocorrida na tarde de ontem, 23/02, o Estado de São Paulo realizou o recebimento
e a abertura de propostas para a concessão do Zoológico e Jardim Botânico. A
melhor proposta da licitação foi feita pelo Consórcio Reserva Paulista, que
apresentou uma oferta de R$ 111 milhões – valor que é 132% maior que o lance
mínimo previsto pelo edital, de R$ 48 milhões. A concorrência contou com mais
uma proposta no valor de R$ 82 milhões, realizada pelo Consórcio Cataratas do
Iguaçu SA.
Na prática, o
vencedor da licitação será responsável pelas atividades de manejo, educação
ambiental, fomento à pesquisa, modernização dos espaços e melhoria na qualidade
de serviços de recreação, lazer, cultura, operação da infraestrutura, entre
outras iniciativas. A concessão será de 30 anos e o governo prevê investimentos
de R$ 290,4 milhões ao longo do contrato, sendo R$ 180,5 milhões nos primeiros
cinco anos.
Ainda vale lembrar
que a adoção do modelo de concessão não transfere a propriedade dos espaços à
empresa vencedora da licitação. As unidades de conservação continuarão sob a
responsabilidade do Governo do Estado durante o prazo da concessão.
“Essa licitação é
um passo importante para o Estado de São Paulo avançar em seu programa de
parcerias que, além do Zoológico e do Jardim Botânico, envolve também parques e
unidades de conservação. Vale destacar que o projeto foi bem avaliado pelo
mercado, uma vez que houve competição e o pagamento de um elevado valor de
outorga ao poder público”, avalia o diretor-presidente do Semeia, Fernando
Pieroni.
Pieroni ainda
reforça os benefícios que a adoção desse modelo pode oferecer a essas áreas,
destinos de lazer e entretenimento de paulistas e turistas que visitam São
Paulo: “O projeto de concessão prevê novos investimentos focados na melhoria de
serviços e, consequentemente, na experiência dos usuários nesses locais. Além
disso, o contrato prevê aportes que irão ajudar ainda mais nas ações de
conservação e manutenção da biodiversidade existente nesses espaços”, conclui o
diretor-presidente.
Sobre o
Zoológico e o Jardim Botânico de São Paulo
Fundado em 1958, o
Zoológico de São Paulo abriga mais de dois mil animais, incluindo espécies
nativas da Mata Atlântica, sendo um dos maiores zoológicos da América Latina e
uma das principais atrações de lazer e de fomento à educação ambiental na
cidade. Somente em 2019, o local recebeu mais de um milhão de visitantes.
Por sua vez, o
Jardim Botânico foi criado em 1928 e abriga uma diversidade de fauna e flora,
inclusive de espécies ameaçadas de extinção, sendo um dos ambientes procurados
por pesquisadores, observadores de aves e pessoas interessadas em roteiros de
natureza na cidade. Em 2019, o local recebeu mais de 133 mil visitantes.
Instituto
Semeia
Criado em 2011, o
Instituto Semeia é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos. Com
sede em São Paulo (SP), trabalha para transformar áreas protegidas em motivo de
orgulho para os brasileiros. Atua nacionalmente no desenvolvimento de modelos
de gestão e projetos que unam governos, sociedade civil e iniciativa privada na
conservação ambiental, histórica e arquitetônica de parques públicos e na sua
transformação em espaços produtivos, geradores de emprego, renda, e
oportunidades para as comunidades do entorno, sem perder de vista sua função de
provedores de lazer, bem-estar e qualidade de vida. São pilares de sua atuação:
a geração e sistematização de conhecimento sobre a gestão de unidades de
conservação; o compartilhamento de informações por meio de publicações e
eventos; a implementação e o acompanhamento de projetos com governos de todos
os níveis, como forma de testar e consolidar modelos eficientes e que possam
ser replicados no país.
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