Com alta do IGPM
muitos locatários precisaram avaliar preços dos imóveis. Especialista dá dicas
para proprietários e inquilinos neste momento
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve alta de 2,58% em janeiro, de acordo com o divulgado semana passada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). O IGP-M é usado para o reajuste de contratos de aluguel. Com esse resultado, o índice ficou bem acima do registrado em dezembro, quando apontou alta de apenas 0,96%. Dessa forma, o IGP-M acumula elevação de 25,71% nos últimos 12 meses. Em janeiro de 2020, o índice havia subido 0,48% e acumulava alta de 7,81% em 12 meses.
A gerente comercial da URBS Imobiliária, em Goiânia, Gyselle Rodrigues Campos, revela que o IGPM vem tendo maiores altas, principalmente no acumulado do ano, desde de agosto, e influenciando nas locações. “O IGPM não é o único, mas é o principal índice usado nos contratos de locação de imóvel, por isso sua importância. Falando por alto, 99% dos nossos aluguéis são baseados nele”, destaca ela sobre os contratos feitos pela imobiliária.
Gyselle salienta que todo mês o índice é
reajustado, mas em janeiro ele é mais abordado em razão da movimentação do
mercado imobiliário, visto que no início de ano é o período com maior
fechamento de contratos e, consequentemente, de reajustes. “Estamos com uma
demanda alta de pedidos de renegociação”, revela a gerente comercial da URBS.
“Quando recebemos uma solicitação para renegociar o preço de um aluguel, o
primeiro passo é avaliar o mercado atual para saber se o valor está adequado ou
não. Depois negociamos com as partes”, explica.
Preço de mercado
Ela destaca duas situações que são percebidas após essa análise. “O
imóvel pode estar com preço defasado e com a alta do IGPM ele é normalizado ou
pode estar acima do valor de mercado, sendo possível um acordo de negociação
dos valores entre as partes. O imóvel pode estar com valor acima da média e com
a alta do índice ser preciso encontrar um equilíbrio quanto ao valor a ser
ajustado”, avalia Gyselle, que ainda dá algumas dicas que valem tanto para
locadores quanto para locatários no momento da renegociação de contrato de
aluguel.
“Deve-se avaliar o valor de mercado como
referência, analisar o histórico de pagamento do inquilino e ainda os custos de
uma possível desocupação. O locatário terá de arcar com os reparos e pintura
para entregar o imóvel, além do custo e logística de mudança e toda burocracia
de documentação para fechamento de um contrato. Já o locador tem que analisar o
risco de ficar com o bem desocupado por tempo indefinido, arcar com custos do
imóvel como IPTU, condomínio, água, luz, manutenção, limpeza, segurança e
avaliar que quando for alugar novamente de toda forma será pelo valor atual de
mercado. Por isso, recomendamos bom senso para ambas as partes”, ressalta a
gerente da URBS Imobiliária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário