De acordo com dados da Associação Brasileira do
Sono (ABS), colhidos durante a Semana do Sono de 2018 e 2019, a população
brasileira está dormindo menos durante os dias da semana – de 6,6 horas em 2018
para 6,4 horas em 2019. Entre as pessoas que relataram problemas com o sono, o
número aumentou de 56,7% para 60,4% no último ano. Dentre as principais
reclamações, estão: acordar durante a noite, acordar sentindo-se cansado, ter
pesadelos e apneia do sono.
Em relação as atividades realizadas na hora que
antecede ao início do sono (higiene do sono), a utilização de aparelho
eletrônico segue em primeiro lugar entre os adolescentes, com 94%, e assistir
televisão entre os idosos, com 68,7%. Criada pela Associação Brasileira do
Sono, a Semana do Sono deste ano aborda o tema “Sono e sonhos melhores para um
mundo melhor”, e será realizada em mais de 60 cidades brasileiras entre os dias
13 e 19 de março, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a
importância do sono para a saúde física e mental.
De acordo com Danilo Sguillar,
otorrinolaringologista especialista em medicina do sono, responsável pelo
departamento de medicina do sono do Hospital Estadual Mario
Covas/FMABC e disseminador da Semana do Sono, estamos passando por uma
“epidemia de privação de sono”. “O ser humano nunca dormiu tão pouco. E quanto menos sono, menos sono REM (fase na qual ocorrem os sonhos mais vívidos).
Outras condições que diminuem o sono REM são: uso de álcool, antidepressivos e
ansiolíticos, além da apneia do sono”.
Ainda segundo Sguillar, respeitar as horas de sono,
dormir no horário correto, evitar estimulantes luminosos próximos da hora de
dormir, assim como refeições copiosas são fundamentais para uma boa noite de sono. “Procure aprender a relaxar. Você
pode buscar auxílio no mindfulness, no yoga, na meditação. É fato que uma
pessoa relaxada dorme melhor, aprofunda no sono e acorda descansada”, conclui.
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