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quinta-feira, 5 de março de 2020

Dia da Mulher: Elas vão liderar mais empresas até 2030


Não é novidade que o mercado de trabalho tem se adaptado aos novos tempos, tornando mais comuns realidades que eram, até então, muito distantes para as mulheres. A liderança feminina dentro das empresas é uma delas. Ainda assim, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 26% a mais dos cargos de chefia são dos homens. 

Mas, uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, em 10 anos, a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve crescer mais do que a masculina nos mais diversos segmentos, inclusive em ramos de alta complexidade, como a medicina, a ciência e a tecnologia. 

De acordo com Daniela Tavernaro, gerente de Customer Success Manager da Followize, empresa de software de gestão de leads e vendas, a liderança feminina contempla benefícios que favorecem a performance, a motivação e o engajamento das equipes. “Isso acontece porque oferecemos elementos, como relacionamentos interpessoais, trabalho em equipe, empatia, olhar humano, visão sistêmica, persistência diante das dificuldades e atenção aos detalhes que podem fazer a diferença”, explica a gerente da Followize, que é mestre em Comunicação e Gestão de TI e Gestão de Projetos pela Universidade Anhanguera.

Quando avaliadas apenas por suas qualidades e habilidades, as possibilidades para as mulheres são infinitas. É o caso da Lorelay Lopes, head de Negócios do UP Consórcios, consórcio digital ligado à Embracon. “Ao longo de 17 anos no ramo, colaborei para a formação de milhares de profissionais, a grande maioria sem experiência anterior na área de consórcios. Profissionais esses que fazem a diferença no mercado, sendo referência de resultados tanto na Embracon como em outras empresas do segmento”, conta. 

O resultado veio com premiações nacionais. “Fui destaque como supervisora em 2011, gerente de filial (primeiro lugar do Brasil em 2012) e gerente regional (primeiro lugar do Brasil em 2016). Quero desmistificar o consórcio e levar a educação financeira ao máximo de pessoas possível”, destaca Lorelay, com formação em Marketing pela Universidade Estácio de Sá e pós-graduação em Educação Financeira pela DSOP. 

Mas o preconceito ainda é muito presente no cotidiano das mulheres que estão em cargos de liderança. “Uma vez, estava dando um workshop sobre data science e algumas pessoas entravam na sala e davam meia volta, achando que estavam no lugar errado. No imaginário delas, elas estariam indo para um evento e se deparariam com homens. Tratei com bom humor e entendo que é uma construção cultural”, afirma Caroline Capitani, head de Inovação da ilegra, empresa global de inovação, design e software. 

Ela conta que, apesar de ser majoritariamente masculino, o setor de tecnologia deve ser composto, cada vez mais, por mulheres. “O gênero de uma pessoa não define sua capacidade. Isso é tão verdadeiro que, na área que faço gestão, há mais três mulheres líderes, empoderadas e competentes. Temos um espaço relevante, uma capacidade de análise diferente, mas que se soma ao olhar masculino”, finaliza Caroline.


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