Especialistas em RH da Luandre explicam quais
sinais podem indicar essa dispensa e como é possível reverter a situação
Muitas vezes o “climão” já está instalado. Num dia o profissional sabe por
terceiros que não foi convocado para uma reunião de que, a princípio, deveria
participar. No outro dia, num canto da sala, um colega lança um olhar como se
soubesse de algo que não pudesse contar. Até que noutro dia, o telefone toca e
a convocação para a conversa sobre a demissão vem “de surpresa”.
“É
claro que muitas demissões são motivadas por cortes de gastos com pessoal, mas
nem sempre. Às vezes, o profissional simplesmente não está performando como o
esperado ou apresenta algum problema comportamental e o gestor decide
substituí-lo”, explica Marcelle
Neves Oliveira, Gerente de Desenvolvimento Organizacional
da Luandre.
Para
se prevenir de uma situação como essa é preciso estar bastante atento ao
entorno e aos feedbacks. Para Marcelle, da Luandre, também é importante não
confundir uma percepção baseada em fatos com paranoia: “ir trabalhar com
insegurança de ser dispensado a qualquer momento só vai atrapalhar, mas em
alguns casos não é somente receio, fatos podem realmente estar antecipando uma
demissão”, explica.
Para
entender quando é apenas medo ou quando há algo estranho, as especialistas em
RH reuniram alguns fatos relevantes a serem avaliados:
-
Mudança de tratamento por parte do chefe direto
Respostas
enviesadas, chamadas de atenção e até mesmo uma postura de menos atenção, como
o caso citado acima do “não-convite” para um call ou reunião são indicações
claras de que algo não vai bem. “Neste caso, pode ser que o gestor ainda não
tenha uma decisão tomada, mas esteja inclinado a avaliar outra contratação, por
este motivo uma conversa franca e educada sobre o que está acontecendo e o que
pode ser melhorado pode salvar o emprego”, diz Marcelle.
-
Rádio-peão
Um
colega pode estar ciente da demissão por conta de alguma conexão com outros
gestores e acabar contando “a novidade” na tentativa de alertar e fazê-lo ir
atrás de outra oportunidade. Isso, porém, só vai gerar mais ansiedade no
colaborador, que vai começar a trabalhar com angústia e ressentimento. “Não é
demissão até que seja anunciada, por isso, uma conversa assertiva, porém calma
e sem rispidez, pode reverter uma situação ruim sim”, destaca Marcelle.
-
Treinamento de outro profissional
Não
é o comum, mas algumas empresas começam a entrevistar ou testar outros
profissionais antes de demitir o que não está mais agradando, então, vale ficar
atento a vagas que são publicadas pela empresa em redes sociais com as mesmas
atribuições do cargo e até mesmo ao que parece ser o treinamento de alguém para
as mesmas funções, quando é sabido que não há mais vagas na empresa com as
mesmas características.
Segundo
Marcelle quando isso acontece a conversa pode ser feita, mas infelizmente a
decisão já praticamente certa e o melhor é ir pesquisando novas vagas.
Autoanálise
Além
destas situações externas, as especialistas da Luandre destacam que o
profissional deve também fazer uma autoanálise para entender se seu rendimento
baixou, se seu comportamento na empresa com os colegas e com os gestores,
mudou, e quais seriam as causas para tanto, uma promoção que não veio, a falta
de motivação pelo excesso de trabalho ou pela falta de novos desafios, ou
qualquer coisa que não esteja satisfatória. “Muitas vezes nos sabotamos por
insatisfação. Mais que a análise do ambiente, o entendimento de si próprio e do
que é preciso mudar ou melhorar é fundamental”, conclui Marcelle.
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